sexta-feira, 19 de abril de 2024

Maranhenses que vivem na informalidade buscam oportunidades de capacitação e emprego

No Dia do Trabalho, 1º de maio, a realidade de muitos maranhenses é de informalidade e uma vida marcada pela incerteza, sem um salário fixo que garanta dignidade; com muitas famílias sobrevivendo de bicos e atividades autônomas.

Ronaldo Costa dos Santos tem 24 anos e nunca teve um emprego formal ou carteira assinada. Ele mora no bairro do Anjo da Guarda, em São Luís, com os pais e sobrevive de fabricar pipas por encomenda; mas sonha em conquistar seu primeiro emprego “de verdade”.

Jersen Rodrigues Simões tem 52 anos e nasceu no Ceará, mora há 20 anos na comunidade do Cajueiro, em São Luís. Casado, com três filhos e três netos, ele ganha a vida desde que chegou ao Maranhão como instrutor autônomo de artes marciais. Mas com as contas da família cada vez mais altas, busca se qualificar para poder conquistar um emprego formal, que ofereça mais segurança e um salário fixo.

Joyce Mai Pinheiro e o marido Eliélson da Silva estão desempregados. Ela é artesã e fabrica produtos em crochê sob encomenda; ele vive de bicos na comunidade do Cajueiro onde moram com uma filha e a neta de um ano e dois meses. E está cada vez mais difícil sustentar a família com a renda incerta do casal.

Em comum, Ronaldo, Jersen, Eliélson e a esposa Joyce Mai têm o sonho de fazer carreira como pedreiros e pedreira de obras; algo totalmente novo para eles, que estão cursando gratuitamente aulas práticas e teóricas da formação profissionalizante do SENAI-MA. O curso é promovido pela empresa Ligga – Projeto Porto São Luís; com aulas na sede do empreendimento, na comunidade do Cajueiro/Vila Maranhão.

Essa é a segunda turma de cursos profissionalizantes da parceria entre o SENAI-MA e a Ligga – Projeto Porto São Luís; que já formou em março de 2022 a primeira turma dos cursos de pedreiro(a) de obras e carpinteiro(a) de alvenaria. A previsão da formatura dessa segunda turma é no final desse mês de maio; e os participante se empenham para conseguir finalmente, o sonhado emprego com carteira assinada na nova profissão, após a conquista desse diploma. “Sou muito grato por essa oportunidade, pois o curso é excelente; realmente aprendemos bem e vamos chegar ao mercado preparados, e com um diploma forte como o do SENAI; que com certeza vai nos abrir portas para um futuro melhor. A falta de qualificação é algo que nos impede de crescer. O mercado de trabalho hoje é muito exigente e não te absorve sem qualificação e sem um diploma. É isso que estou buscando aqui, uma chance de me reinventar e fazer carreira como pedreiro, quem sabe até com um bom emprego futuramente no Porto São Luís” revela Jersen Simões.

Essa também é a expectativa do casal Joyce Mai e Eliélson, que garante ter garra, muita vontade de aprender e crescer na nova profissão de pedreiro(a). “Estamos nos dedicando ao máximo nesse curso, e eu em especial, para provar que mulher também pode atuar com eficiência em obras. O fato do curso ser gratuito para nós, e aqui mesmo no Cajueiro viabilizou minha participação. Eu não teria como sair daqui para outro local, pois o transporte é difícil e gastaria muito tempo, além de recursos com a passagem. Eu sonho com um emprego de carteira assinada pois sustento também minha filha e neta, e só como artesã, vivendo de bico, está impossível ter um futuro melhor” explica Joyce Mai.
Com essa iniciativa, o CEO da Ligga – Projeto Porto São Luis, engenheiro Gerson Luiz Petterle, reafirma o compromisso do empreendimento em ser um forte indutor de desenvolvimento no Estado do Maranhão e no país.

Ações sociais como essa da Ligga – Projeto Porto São Luis são essenciais para ajudar a reverter o quadro de baixa qualificação dos trabalhadores locais e, consequentemente, alta taxa de desemprego. E representa também, uma ação relevante diante a atual taxa de desemprego do Brasil, que deve ficar entre as maiores do mundo em 2022, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating. No ranking, que inclui as projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) para um conjunto de 102 países, o Brasil aparece com a 9ª pior estimativa de desemprego no ano (13,7%), e bem acima da média global prevista em 7,7%.

Ligga – Projeto Porto São Luís

O Porto São Luís agora conta com acionistas 100% brasileiros e integra o projeto de mineração e logística denominado Ligga. E segue sendo um dos maiores projetos de infraestrutura em processo de implantação no Maranhão e no Brasil.

Com localização privilegiada na Baía de São Marcos, atualmente o empreendimento está em fase de adequação do novo escopo do projeto. Mas futuramente, quando as obras iniciarem, irá gerar milhares de empregos diretos e indiretos; priorizando o aproveitamento máximo da mão de obra local. E para dar ainda mais oportunidades também às pessoas das comunidades vizinhas do Cajueiro (Andirobal, Sol Nascente, Prainha, Rua Principal, Guarimanduba e Egito) e Mãe Chica (Vila Maranhão), em parceria com instituições diversas como SINDUSCON-MA, e como o SENAI-MA com o qual está desenvolvendo esse programa de capacitação e formação de mão de obra; com a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para a comunidade, com aulas, prioritariamente, na sede do empreendimento. A meta é formar mão de obra especializada em áreas que serão demandadas na futura obra.

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