sexta-feira, 19 de abril de 2024

“A principal missão não é ser eleito”, diz Saulo Arcangeli

O candidato Saulo Arcangeli (PSTU), foi o quinto a participar da Sabatina Guará entre os que buscam uma vaga ao Senado Federal. Saulo é formado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Maranhão  e mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional. É professor da UEMA, servidor público federal e dirigente sindical da Central Sindical e Popular CSP CONLUTAS e do sindicato dos trabalhadores do Judiciário federal e MPU.

Saulo Arcangeli disse que o Senado Federal é uma casa quase  inatingível para o trabalhador, e destacou que tem uma vivência de luta em movimentos sindicais. “Nós dos movimentos sindicais, sabemos como é difícil entrar no Senado, ali não é uma casa do povo. Eu como trabalhador, quero ser senador para lutar pelo nossos direitos” declarou.

O senado deve ser extinto

Saulo Arcangeli acredita que o Senado Federal é apenas uma casa para servir de aposentadoria para ex-governadores, prefeitos e outros cargos. Na opinião do candidato, não passa de um amontoado de gastos, por isso deve ser extinto. “É uma casa que não serve os trabalhadores, deveria existir somente, a câmara com número reduzidos de deputados”, ressaltou.

As eleições não são democráticas

Saulo frisou que as eleições não são democráticas porque não são dados os mesmos direitos para todos os partidos. O PSTU por exemplo, só tem sete segundos de propaganda eleitoral divididos para ele e Preta Lu, também candidata do PSTU para o Senado. “Não dá tempo nem de falar nossos nomes, enquanto outros candidatos falam por minutos”, disse.

Segundo ele, o partido fala diretamente com as pessoas e vê de perto a realidade cruel em que vivem. Ainda de acordo com o deputado, a falta de recursos impossibilita que a mensagem do partido seja levada para mais cidade. ” Nós não temos o poder local, não temos jatinho, não podemos visitar com facilidade várias cidades do interior e isso dificulta a visão do PSTU, mas nós vamos continuar com nossa mensagem de protesto”, declarou.

Arcangeli criticou os políticos que falam que são contra a corrupção, mas fazem parte de partidos envolvidos em casos corruptos. “Os políticos falam em programas de rádio e TV que vão lutar contra a corrupção do país, mas basta pesquisar e ver que não é verdade”, disse.

O Brasil tem que parar de pagar a dívida

O candidato disse que é absurdo o país continuar pagando um valor exorbitante da dívida, que segundo ele já está paga há muito tempo. ” O Brasil paga juros sobre juros, e por mais que se pague, só aumenta. São valores bilionários que poderiam ser investidos em questões sociais”, ressaltou.

Saulo usou como exemplo o caso do Equador que conseguiu diminuir cerca de 60% da dívida do país. Ele defende que o Brasil deveria fazer o mesmo. “Nós temos que parar de pagar essa dívida, porque ela é absurda e leva boa parte dos recursos do país. Deve ser feito uma auditoria urgente”, destacou.

Segundo o candidato, o dinheiro de recursos que deveriam ser destinados para o fundo de aposentadoria é usado para pagar dívida, e que a crise na previdência não passa do uso incorreto. “30%  do dinheiro que é para aposentadoria é tirado pelo governo. Isso é absurdo, e é por isso que eles dizem que a previdência está deficitária. O dinheiro do trabalhador tem que ir para o trabalhador”, frisou.

“A principal missão não é ser eleito”

Saulo acredita que no cenário atual das eleições é difícil conseguir ganhar uma eleição, levando em conta a desigualdade democrática. Mas acredita que a principal missão do partido é levar a mensagem de luta  e rebelião para a classe trabalhadora.

O trabalhador precisa ocupar seu papel, além das eleições. Na nossa visão de governo, o trabalhador vai opinar, através dos conselhos populares, na destinação dos recursos. “É o trabalhador que sente na pele o sofrimento, e é  por isso que nós chamamos os trabalhadores para um rebelião, nós estamos preocupados com nos eleger”, finalizou.

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