segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Ação de orientação sobre combate à hanseníase está sendo realizado hoje em São Luís

Uma ação irá comemorar nesta sexta-feira (29) o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) quer alertar a sociedade sobre os sinais da doença, o evento acontece na Praça Deodoro e segue até às 16h.

A mobilização é nacional e tem como tema ‘Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar’. As atividades tem por objetivo incentivar a procura pelos serviços de saúde, mobilizar os profissionais de saúde para a realização da busca ativa de casos novos e a divulgação da oferta do tratamento completo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A campanha reforça a importância do diagnóstico na fase inicial da doença, do tratamento oportuno e cura, visando eliminar fontes de infecção, reduzir e minimizar os sofrimentos causados pelas incapacidades físicas resultantes do diagnóstico tardio.

Em São Luís existe o Hospital Aquiles Lisboa que oferece serviços de internação hospitalar para pacientes atingidos com hanseníase. São 15 leitos no hospital para casos de internação, mas o serviço mais realizado é o ambulatorial, com acompanhamento médico e fornecimento de medicamentos.

A coordenadora do programa Controle de Hanseníase, Shirley Priscila Martins, afirmou que o tratamento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e alertou para a importância do diagnóstico prévio da doença. Para as pessoas observaram algum tipo de mancha na pele ou lesão, que não apresente sensibilidade. “É feito um exame e o tratamento pode durar de seis meses a um ano. As pessoas têm que se observar se tem alguma parte do corpo com sensibilidade diminuída”.

Em 2014, o total de casos no estado chegou a 3.490, onde o maior número de infectados foi registrado em São Luís, com 440 pacientes. Em segundo lugar, ficou a cidade de Imperatriz, com 131 casos, Timon vem em terceiro com 142, Caxias com 125 e Açailândia em quinto lugar, com 61 nesse último ano. Em 2015, de janeiro e junho, foram notificados 1.524 novos casos da doença no estado. Em São Luís, foram 250.

As 15 cidades mais endêmicas do estado são: São Luís, Timon, Imperatriz, Caxias, Codó, São José de Ribamar, Açailândia, Santa Inês, Balsas, Santa Luzia, Barra do Corda, Zé Doca, Itapecuru-Mirim, Bacabal e Coroatá. Sendo que oito desses foram inseridos na lista este ano.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, a meta do Maranhão é conseguir reduzir o número de novos casos em 20% até o final de 2018, intensificando a busca ativa em localidades com maior carga da doença.

A doença

A Hanseníase, popularmente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae. Ela tem cura, mas se não for tratada pode se agravar. O tratamento é oferecido gratuitamente em todo o mundo.

A falta de condições sanitárias adequadas é a principal causa da doença. A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias (tosse e espirro) de pessoas infectadas que estão sem tratamento e os sintomas se manifestam no período de dois a 10 anos. Os principais sintomas são: manchas pelo corpo com perda ou alteração de sensibilidade, úlceras de pernas e pés, caroços, febres, edemas, entre outros.

Tratamento

No Maranhão, existem 60 unidades de referência no tratamento contra a Hanseníase, que seguem os protocolos nacionais de controle da doença, possuem técnicos e enfermeiros treinados, além de médicos especializados. O Centro de Saúde Genésio Rego, localizado na Vila Palmeira, é uma das unidades que recebem o maior número de portadores, além do Hospital Universitário (HUUFMA).

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