Vão a júri popular na manhã de hoje os acusados de assassinar e esquartejar Edson Carlos Mesquita da Silva, morto no dia 23 de dezembro de 2013, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Rones Lopes da Silva, Enilson Vando Matos Pereira e Geovane Sousa Palhano sentam no banco dos réus sob as acusações de homicídio qualificado por motivo torpe, tortura, esquartejamento e canibalismo.
Segundo o juiz responsável por dar andamento ao julgamento, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, o únior, o Rones Lopes, também conhecido como “Rony Boy”, foi o mandante da execução de Edson Carlos. De acordo com o que consta na denúncia, a motivação do crime foi em decorrência de rivalidade entre facções.
Também foram denunciados pelo crime Geovane Sousa Palhano, conhecido como Bacabal, Enilson Vando Matos Pereira, conhecido como Matias ou Sapato, e Samyro Rocha de Souza, conhecido como Taurus ou Satanás.
O crime
O Ministério Público denunciou que o crime ocorreu na tarde do dia 23 de dezembro de 2013 e foi motivado por rivalidade entre facções criminosas. A execução foi feita na Cela 1 do Bloco C do Presídio São Luís II, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, pelos denunciados e mais um detento (que já morreu).
O que confirma a certidão de óbito é que, depois de assassinarem, os acusados esquartejaram, vilipendiaram e destruíram o cadáver. Os restos mortais foram encontrados dentro de um saco de lixo e o que denunciou a identidade de Edson Carlos foi uma tatuagem que ele tinha nas costas.
Uma das testemunhas disse, ainda, em depoimento, que todos os envolvidos no assassinato eram de uma facção contrária à de Edson Carlos e que ele havia sido morto a golpes de faca artesanal. O relato diz ainda que os acusados cortaram, assaram e comeram o fígado da vítima, oferecendo, ainda, a outros detentos.