quarta-feira, 24 de abril de 2024

Após acusação do presidente, Pratic Sports pode deixar de ser fornecedor do Moto Club

O novo presidente do Moto Clube e deputado estadual Yglésio Moyses alegou, na noite da segunda-feira (29), que, durante reunião, o representante do fornecedor Pratic Sports, Handerson Silva, teria se exaltado após o presidente do clube ter exigido o contrato entre o time e a empresa da gestão passada, dando a entender a existência de fraude. Em resposta, Handerson negou, publicou o contrato e afirmou que Yglésio é quem estava irritado. A confusão pode encerrar o contrato da Pratic com o Moto, e as duas partes podem acabar resolvendo a situação na Justiça.

“Mostra de como eram feitas as coisas no Moto Club: na reunião há pouco com o responsável da empresa Pratic, que fornecia o material do clube, o proprietário ficou enfurecido e começou a me ofender pelo simples fato de pedir a ele uma cópia do contrato que havia na antiga gestão”, publicou o deputado. E prosseguiu: “Sem a mínima condição de seguirmos na parceria com esse tipo de empresa. Amanhã, teremos reunião com novas parceiras para ver a melhor perspectiva para o time e vou solicitar oficialmente à empresa Pratic cópia do contrato. A bagunça vai acabar”.

A exigência do contrato na reunião, de acordo com ele, foi solicitada após o empresário dizer que o time tinha uma dívida de R$21 mil, de origem não explicada. Publicado o contrato, o presidente do Moto ainda duvidou de sua autenticidade, afirmando que irá solicitar diretamente ao cartório. Questionado se irá realmente romper com a empresa, respondeu: “estamos avaliando ainda com o jurídico. Tem que saber se existe contrato válido. Pedimos notas de entrega das equipagens fornecidas etc.”.

Handerson Silva explica que a dívida veio de uma loja do Moto que teve que fechar durante pandemia e que foi acordado, com a gestão passada, que seria paga em royalties. Até atingir os R$21 mil, o valor dos royalties ficariam retidos na empresa. “Para nós, valia mais a palavra dada do que o contrato. Aí, foi a hora da briga. (…) O que eu entendi dele foi que ele queria levantar uma polêmica para prejudicar a antiga administração, e não para resolver um problema. Até porque já está resolvido”.

Quebra de contrato

O rompimento do contrato antes de junho de 2022 fere uma cláusula que pode multar o clube em R$100 mil. Handerson destaca que, durante os dois anos anteriores de parceria entre o time e a empresa, a Pratic Sports forneceu todos os materiais gratuitamente – conforme previsto no contrato. “Que fraude é essa que o Pratic não ganha nada?”, questionou o empresário. Ele ainda afirmou que o presidente do Moto tem a reunião toda gravada, e o desafiou a publicá-la. Yglésio, contudo, disse não poder trazer ao público por orientações jurídicas: “oportunamente, será utilizado na justiça, caso necessário”.

Indignado, Handerson conversou com o Portal Guará e a TV Guará. “Esse doutor é um brincante. Está ocupando a cadeira errada. Devia estar no hospital, cuidando de paciente, porque de futebol ele não entende nada”, queixou-se. De acordo com ele, o presidente do Moto está apagando os comentários favoráveis à empresa que recebe nas redes sociais. “Inclusive o meu. Ele não me deu direito de resposta”.

Sobre o contrato, o representante da Pratic Sports afirmou que, caso o Moto queira renovar, a empresa ainda está de portas abertas. “Se a gente sair daí, foi culpa da nova diretoria”, pontuou.

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