Pouco mais de um mês, mais de seis casos de violência foram registrados
Escolas de São Luís estão se tornando cada vez mais inseguras. Ontem (5), uma aluna da Escola do Estado do Ceará, localizada em São Luís, feriu um colega com dois golpes de faca, após uma discussão por meio de uma rede social. O estudante foi levado para o hospital, foi medicado e está fora de perigo. Aulas foram suspensas e as portas da escola permaneceram fechadas.
Na última quarta (4), um aluno de 18 anos entrou armado efetuando vários disparos em uma escola no município de Caxias. Os tiros causaram correria e pânico na escola. Pelo menos 20 alunos estavam na sala de aula e presenciaram toda ação, mas por sorte ninguém ficou ferido.
Somente no mês de outubro foram registradas cinco ocorrências em escolas públicas de São Luís. O ultimo caso foi uma jovem de 17 anos que foi esfaqueada quando saía da escola localizada no bairro do Olho D’água, a jovem não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
No dia 21 do mês passado, uma quadrilha invadiu a escola Sagarana I, no bairro Caratatiua. De acordo com a polícia, os assaltantes chegaram a entrar nas salas de aula e levaram pertences dos alunos e diretores do local.
Segundo o psicanalista Ernesto Mandelli, a insegurança está presente nas ruas e a escola caba sendo um reflexo dessa realidade. Um dos fatores que contribui para a insegurança está presente na família: ausência da autoridade masculina dentro de casa.
Em nota, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) esclareceu que a ocorrência envolvendo estudantes da Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Josué Montelo foi registrada em área externa à escola. A Secretaria informa ainda que a estudante foi imediatamente encaminhada para atendimento médico, que já passa bem e que as famílias dos estudantes já foram convocadas à escola para dialogar sobre o ocorrido. Por fim, a Semed reforça que está reimplantando gradativamente o serviço de vigilância nas unidades de ensino da rede municipal, que a U.E.B. Josué Montelo será contemplada com o serviço e que tem contado com a parceria da Guarda Municipal e da Polícia Militar na realização de rondas no entorno do espaço escolar e no combate à violência nessas áreas.
O Ministério Público, por meio das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Defesa de Educação, ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís. Para garantir medidas de segurança nas entradas e no entorno das escolas da capital.
