Representantes do Brasil, da Argentina e da Bolívia vão se reunir no final de julho com o objetivo de discutir uma ação conjunta para combater os crimes de fronteiras, como tráfico de drogas, contrabando de armas e mercadorias, disse ontem (23) o ministro de Relações Exteriores, José Serra.
Para o chanceler brasileiro, é essencial que os países vizinhos estejam juntos no trabalho de repressão e combate a esses crimes. “Para nós é fundamental, para a Argentina também, que estejamos juntos nesse processo. É fundamental também a participação de países como a Bolívia, o Chile, que, eventualmente, servem de rota para alguns desses movimentos de tráfico”.
Para Serra, nos últimos anos as ações brasileiras nessa área têm sido “cíclicas”, sendo iniciadas e depois paralisadas. “A ideia é ter uma ação continuada. E isso precisa ter um acerto entre governos, inclusive, com cooperação de equipamentos e homens.”
O ministro voltou a dizer que o Brasil vai disponibilizar medicamentos produzidos por laboratórios públicos brasileiros a serem enviados à Venezuela. Os lotes com aproximadamente 15 tipos de medicamentos básicos serão distribuídos por meio da Cáritas Brasileiras, entidade que atua na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário.
“Espero que na oportunidade o governo venezuelano facilite essa entrega. Estamos debruçados na elaboração das listas dos medicamentos básicos, como para diarreia infantil, anti-hipertensivo, anti-inflamatório. Uma farmácia mínima básica”, disse Serra.
Edição: Juliana Andrade