sábado, 20 de abril de 2024

Brasil desperdiça 1,3 milhões de toneladas de alimentos no ano

desperdício de alimentos no brasil

A alimentação é um fator importante para a sobrevivência da população, enquanto muitos têm suas despensas cheias, boa parte dos maranhenses passam necessidades básicas. Há um contraponto infeliz em relação a esse fato, segundo a pesquisa realizada pelo projeto Diálogos Setorial União Europeia – Brasil foi identificado mais de 1,3 bilhão de toneladas de desperdício em alimentos por ano em termos globais, podendo aumentar futuramente até 2030 em 2,1 bilhões toneladas. Alimentos esses que poderiam alimentar muitas famílias que vivem a margem da pobreza.

Na pesquisa foram entrevistadas 1.764 pessoas a respeito do consumo alimentício, 638 pessoas foram fiscalizadas durante uma semana, resultado foi que brasileiro em hipótese alguma possa ter a sensação de falta comida em sua despensa. O arroz é um dos itens mais desperdiçados chegando a 25% descartados, o mesmo acontece com a carne.

Esses dados preocupantes são reflexos do mau hábito dos brasileiros que deixa de consumir o necessário. O diretor Fabio Estuqui da Associação Brasileira de bares e Restaurantes (Abrasel – DF) declara que esses estabelecimentos devem ter planejamento, controle de estoque e de sobras, para evitar o desperdício de alimentos.

O descarte pode gerar grandes prejuízos financeiros. “É preciso verificar o lixo, ficar de olho nos equipamentos porque muita perda ocorre por falha técnica, e definir a quantidade máxima e mínima para produtos estratégicos na gestão de estoque”, recomenda.

Realidade do povo maranhense

Segundo o IBGE 396 mil maranhenses vivem em situação de miséria. Segunda a última pesquisa realizada pelo instituto, em 2014, 51.7 % das famílias maranhense vivem com até meio salário mínimo. O ano de 2016, esse dado aumentou para 56,7. Essa realidade está relacionada principalmente pela falta de investimentos no Maranhão.

Há 280 km de São Luís, ao norte do estado, o município de Belágua segundo os dados do IBGE é a região com o pior IDH, muitas famílias sobrevivem em condições desumanas, residindo em moradias de barro, taipa, bambu e palha. A fome também se alarma pelo município. Segundo a reportagem, crianças sobrevivem de farinha molhada em água suja.

Na capital maranhense, a Ceasa descarta verduras, legumes e frutas diariamente pela aparência, não estando adequados para serem comercializados e colocados de lado. No ano de 2017 o Governo do Maranhão criou um planejamento de equipamento de combate à fome e desperdício de alimentos na Ceasa. Os alimentos descartados agora têm novos distintos. Os restaurantes populares e entidades socioassistenciais e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

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