O Departamento de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde (SES), já disponibilizou aos municípios as vacinas referentes à Campanha Nacional de Vacinação de cães e gatos, que tem início nesta sexta-feira (4) e será realizada durante nove finais de semana.
Em São Luís, a vacinação será feita por 90 equipes, compostas por Agentes de Endemias (AE), treinados e coordenados pela Unidade de Vigilância de Zoonoses do município. No período da campanha os AE percorrerão todos os bairros da capital para atingir a meta de vacinar 1.322.919 animais, sendo 869.545 cães e 453.374 gatos e protegê-los contra o vírus da raiva.
Os animais vacinados pela primeira vez deverão receber a segunda dose da vacina com 30 dias após a primeira. Segundo o chefe do Departamento de Controle de Zoonoses, Daniel Soares Saraiva, o objetivo da campanha é reforçar a cobertura vacinal para que os casos continuem diminuindo progressivamente.
“Há três anos não ocorre caso de raiva humana no Maranhão e os casos de raiva animal têm diminuído a cada ano. Porém, como ainda existe a presença do vírus, é necessário reforçar a cobertura vacinal para prevenir que os animais sejam contaminados, e, por conseguinte, contaminem os seres humanos que pegam a doença por meio de contato direto, como mordida, saliva ou arranhões”, considerou Daniel Saraiva.
Em 2015, foram notificados no estado 13 casos de raiva animal, incluindo cães, gatos e animais do campo. A cobertura vacinal da campanha em cães e gatos chegou a 95,89%, considerada pelo Ministério da Saúde (MS) como a mais determinante para controle da doença.
Em 2014, foram 19 casos, quase seis vezes menos que no ano anterior, que notificou 109 casos. Segundo o Departamento de Controle de Zoonoses da SES, uma forma de vigilância da doença é o envio de amostras suspeitas para os laboratórios de referências, para que não haja vazio epidemiológico e acompanhamento técnico dos locais com incidência do vírus.
Os dados da campanha devem ser inseridos online no site do PNI-DATA/SUS, onde é possível fazer o acompanhamento da cobertura vacinal nos municípios, responsáveis por estabelecer as estratégias de vacinação, disponibilizando vacinadores profissionais da área de saúde que sejam orientados por técnicos habilitados. Os municípios também devem dedicar atenção às zonas rurais, evitando que as localidades mais distantes fiquem sem a cobertura satisfatória, o que pode aumentar as áreas de risco.
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