sexta-feira, 19 de abril de 2024

Caramujos africanos voltam se proliferar em São Luís

Foto: Marcos Leite / TV Guará

Com as chuvas, os caramujos africanos estão por toda parte. Moradores do bairro do Olho D’água reclamam que já é possível encontrar eles nas calçadas, paredes e portões… A quantidade só vem aumentando desde o fim do ano passado.

“É uma luta desigual, eles se reproduzem muito rápido. De manhã, por exemplo, a gente bota saco na mão e cata, toca fogo, mas no dia seguinte o quintal já está cheio de caramujos. É muito preocupante, não só para a gente que sabe que eles transmitem doenças graves, mas também para quem cria animais”, reclama a jornalista Ana Thereza Viegas, moradora do bairro.

O caramujo africano é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste da África. Foi mundialmente disseminado pela ação humana e a espécie é considerada uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.

Cada caramujo coloca em torno de 200 a 300 ovos. Por serem hermafroditas, os caramujos africanos ao acasalar, os dois animais produzem ovos, podendo gerar até 600 novos animais… E a expectativa de vida é de 7 anos.

Esses moluscos podem ser vetores de doenças, como um tipo de meningite cuja a infecção acontece via oral. Ao se locomover, o caramujo libera um muco contaminado que pode infectar humanos e também animais, caso seja ingerido. Por isso, o recomendável é caso alguém tenha contato com o animal, é higienizar bem as mãos com água e sabão. Além disso, frutas, verduras e hortaliças cultivadas em casa devem ser bem higienizadas para evitar contaminações.

Em julho de 2018, um decreto do Governo Estadual reconheceu a nocividade da espécie e criou o Grupo Técnico Interinstitucional, que inclui a Universidade Estadual  do Maranhão e as Secretarias Estado da Saúde e Meio Ambiente, que vem realizando campanhas e definindo estratégias de combate ao caramujo africano.

“A gente tá instruindo a população a fazer o seu controle pontual, com algumas medidas: água com sal, água com cloro, água quente.. E após essa primeira ação, a quebra das conchas. Então alguma dessas discussões técnicas propriamente ditas da erradicação e combate, o grupo ainda tá formalizando, estudando melhor, pesquisando cientificamente essas ações para que possa melhor ajudar a população”, explica Victor Lamarão de França, Supervisor de Anuência sobre Fauna.

Como o trabalho de coleta dos animais ainda está sendo definido pelo Grupo que combate a proliferação do caramujo, a orientação é que caso seja necessário, é indicador entrar em contato com o Corpo de Bombeiros ou Vigilância Sanitária.

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