Na cidade de Vitorino Freire, distante cerca de 330 km da capital maranhense, a polícia apura uma denúncia contra o coordenador de uma escola municipal. A mãe de uma criança de 12 anos foi até a delegacia da cidade denunciar que o gestor da unidade de ensino teria raspado a cabeça do filho.
Entre 2014 e 2016, unidade era uma escola militar, mas agora é de responsabilidade do município de Vitorino Freire. Algumas regras, da época que era uma escola militar, foram mantidas, como padrões de roupas e penteados.
A mãe revelou que nunca se opôs ao padrão de disciplina adotado pela escola, mas se surpreendeu e ficou revoltada ao chegar em casa e ver o filho com a cabeça raspada.
De acordo com ela, o coordenador falou que o cabelo não estava no padrão do colégio, e raspou o cabelo da criança, que tinha cortado recentemente.
O estudante se assustou ao ver o cabelo raspado e os colegas de turma ainda estavam rindo dele. O garoto chorou bastante e não quis mais retornar à escola por vergonha.
Apesar das imagens e das afirmações da mãe e do estudante, o coordenador da unidade escolar divulgou um vídeo negando que tenha raspado a cabeça do aluno.
No vídeo, o coordenador revela que o corte está na máquina número 1, e que parece estar raspado por causa do aluno ser branco e loiro. Ele ainda disse que tinha uma máquina dentro da bolsa.
Ainda de acordo com o coordenador, o motivo pela qual o corte foi no número 1 na parte de cima, é porque as laterais já estavam na 1 e todo o cabelo deve estar no mesmo número, como diz o regimento interno da escola.
Por meio de nota, tanto a Secretaria Municipal de Educação quanto a Prefeitura de Vitorino Freire afirmam não concordar com a atitude do coordenador e que medidas administrativas para apuração dos fatos estão sendo adotadas.
A mãe da criança registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Vitorino
Freire e o delegado já abriu um inquérito para apurar o que aconteceu. Ele diz que esse não foi o único caso.