quinta-feira, 28 de março de 2024

Cidades com extrema desigualdade sofrem mais com tuberculose

Segundo a pesquisa realizada pela doutora Daniele Maria Pelissari, veiculada na Agência Brasil o número de casos de pessoas que sofrem com doenças como a tuberculose cresce alarmantemente em várias cidades do país. Tanto a população em geral, quanto a prisional são vítimas desse incidente que se propaga no Brasil.

A doutora Daniele Maria Pelissari e o professor Fredi Alexander Diaz Queijano, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma pesquisa a respeito desse caso. Segundo o estudo, cidades com índice maior de desigualdade, e a população não encarcerada também está sujeita a condições de fragilidade econômica e vulnerabilidade social, determina a incidência da tuberculose. Por sua vez, nas cidades com melhor condição socioeconômica, as prisões apresentam grande número de doentes, pelas condições vulneráveis.

“A população em geral está bem assistida economicamente, então ela não adoece de uma doença relacionada à pobreza. Quem vai adoecer é quem está na prisão porque as condições são muito precárias”, disse Daniele sobre moradores de cidades com menor desigualdade.

Cenário dos presídios do Brasil

Em cidades com grau alto de desigualdade de distribuição de renda, casos de incidências da tuberculose em presidiários são de 1041,2 pessoas por 100 mil pessoas sem liberdade ao ano. Esses dados infelizes para a saúde pública não se restringe só a essas pessoas privadas de liberdade, a população não prisional apresenta 67,5 pessoas por 100 mil pessoas por ano. Em cidades com boa distribuição de renda, a incidência de tuberculose na população prisional é de 795,5 pessoas por 100 mil pessoas privadas de liberdade ao ano

“Identificamos que a importância relativa da exposição às prisões sobre a incidência da tuberculose varia segundo as condições socioeconômicas dos municípios. Isso significa que estratégias focalizadas para o fim da tuberculose devem considerar o contexto socioeconômico”, declarou doutora, Daniele Maria Pelissari.

Ainda a pesquisa revelou que às prisões apresentam taxa de incidência de tuberculose relacionado com a desigualdade a distribuição de renda nos municípios de 2013 a 2015. Foram analisadas 137.698 pessoas com tuberculose, das quais 10,7% eram privadas de liberdade em 954 cidades que em 2014 tinham pelo menos uma unidade prisional.

Segundo, a doutora, Daniele, “a população não encarcerada desses municípios também está em condições de vulnerabilidade”. Em virtude desse fato, o governo deve se preocupar em criar novas estratégias focalizada para combater a redução do efeitos desses fatores econômicos e da saúde publica.

Com informações da Agência Brasil

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