sexta-feira, 19 de abril de 2024

Circo da Cidade é símbolo de abandono

O Circo da Cidade foi por muitos anos o principal ponto de cultura da capital maranhense. No local eram realizados shows de artistas locais e eventos culturais, porém o que antes era símbolo de diversão, agora é visto apenas como área cercada de muito mato e lixo.

A área que era reservada ao picadeiro está sem lona e sem armação. O chão, antes pisado por artistas, hoje é tomado pela vegetação. A pedra que identificava o lugar teve a placa tirada e virou uma coluna sem utilidade. O banheiro serve de abrigo para moradores de rua.

Parte do lugar também é utilizada como pista de prova para candidatos a carteiras de habilitação.

O Circo passou por reformas, viveu alguns curtos momentos de ostracismo, mas sempre abrigou as manifestações. Shows, peças, espetáculo, até mesmo a escolha da Corte Momesca foram feitas no lugar. O ponto forte do espaço eram atividades voltadas ao lúdico e ao aprendizado de crianças carentes.

Em 2012, o projeto do VLT fez com que o circo fosse retirado do aterro do Bacanga. O então prefeito João Castelo prometeu instalar o espaço ao lado de onde funcionava o espaço cultural, próximo a praça Maria Aragão, mas a derrota nas urnas fez com que o novo gestor, Edivaldo Holanda Júnior, assumisse. O atual prefeito prometeu a reativação do circo no aterro do Bacanga, contudo a situação de abandono continua.

Sobre o Circo da Cidade

Lançado oficialmente no dia 27 de março de 1999, o Circo Cultural da Cidade funcionou, nos primeiros dois anos, em caráter experimental. Com a aprovação da população e da classe artística local e até nacional passou a fazer parte do calendário oficial da cultura de São Luís. Em 2009, ganhou um nome oficial: Circo Cultural Nelson Brito, em homenagem ao artista maranhense falecido pouco tempo antes.

Foto: Circo da Cidade antes de sua retirada do local. 

Dia do Circo

A escolha do dia 27 de março foi em homenagem ao palhaço Abelardo Silva, que ficou conhecido como Piolim, essa é a data de seu nascimento. Piolim era filho de circenses e cresceu no meio dessas artes, iniciando sua carreira com contorcionismos e acrobacias.

Abelardo Silva participou de vários espetáculos, mas o que lhe deu o apelido de Piolim foi o contato com artistas espanhóis, que o chamavam de barbante (Piolin na língua espanhola), por ser muito magro e ter pernas compridas.

Os circos surgiram em Roma, no século III a.c, onde aconteciam espetáculos de corridas, lutas entre gladiadores ou desses contra animais, e jogos de ginástica. O mais conhecido era o circo máximo, que recebia 150 mil pessoas em um único espetáculo.

 

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