quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Consumo de batatas pode estar ligado a maior risco de diabetes gestacional

Existe alimento mais democrático que a batata? Ela costuma fazer parte de alimentação de diversas sociedade e pode ser preparada de diversas formas: frita, assada, cozida, recheada… No entanto, seu consumo excessivo pode trazer alguns problemas de saúde, devido à alta quantidade de carboidratos que ela contém. Inclusive, um estudo publicado na revista científica britânica BMJ mostrou que mulheres que consomem de duas a quatro porções de batatas por semana tem mais chances de desenvolver diabetes gestacional, mesmo sem apresentarem doenças crônicas anteriormente.

O estudo foi feito com os dados de 15.632 enfermeiras que participaram de um estudo entre 1991 e 2001. Nesse período, houveram 21.693 gestações, e cerca de 854 casos de diabetes gestacional. O consumo de batatas e outros legumes eram conferidos a cada quatro anos.

Ao acertarem fatores como idade e dieta em geral, eles perceberam que mulheres que consumiam de 2 a 4 porções de batatas (sejam fritas, assadas ou cozidas) tinham 27% mais chances de ter diabetes gestacional. Quando o consumo era maior do que cinco vezes na semana, o risco subia para 50%.

No entanto, eles perceberam que mulheres que trocavam as batatas por vegetais ou grãos ao menos duas vezes na semana reduziam essas chances entre 9 e 12%.

A hipótese dos especialistas é que a relação ocorre devido à grande quantidade de amido nesse alimento, que é rapidamente absorvido pelo organismo, levando a uma alta da glicose no corpo, e consequentemente da insulina. Além disso, o consumo de batatas fritas especificamente pode levar a uma mudança na composição de ácidos graxos do organismo, aumentando os processos de glicação. Tudo isso pode levar a um quadro de resistência à insulina.

Além disso, foi verificado que o índice de massa corporal (IMC) dessas mulheres era maior nas que consumiam mais batata. A ingestão desse alimento pode levar ao aumento de peso na gestação, o que pode se relacionar ao aparecimento da diabetes gestacional. Os especialistas ressaltam que o estudo encontrou uma relação que não necessariamente é causa e consequência.

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