quinta-feira, 28 de março de 2024

Corpo de Bombeiros do Maranhão elabora plano de prevenção e combate a incêndios florestais

Representantes dos corpos de bombeiros dos estados do Maranhão, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e do Mato Grosso, estiveram presentes no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, na semana passada para traçar metas sobre a criação da força-tarefa permanente de combate aos incêndios florestais e cobrar apoio a uma luta que não é somente dos estados que compõe a Amazônia Legal. A meta é ampliar o compromisso em defender a Floresta Amazônica e toda sua biodiversidade, ecossistema indispensável ao planeta.

Com o tempo mais seco, o ambiente se torna mais vulnerável ao surgimento de focos de incêndio nas grandes vegetações. Diante desse cenário, o governador Flávio Dino determinou que as medidas, contidas em planejamento anual, fossem colocadas em prática, no intuito de prevenir e potencializar as respostas a esses incêndios que tanto causam prejuízos aos maranhenses e ao valioso bioma amazônico presente na região.

Em abril deste ano, já havia sido criada a Força Operacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, com comandantes dos Corpos de Bombeiros Militares dos nove estados que integram a Amazônia Legal. Posteriormente, o grupo estabeleceu a ampliação nas ações de prevenção e combate aos focos de incêndio nas vegetações amazônicas, através da criação de uma Força Interestadual que terá a capacidade de atuar, de forma especializada, nas ocorrências de incêndios por toda a região de floresta amazônica.

O termo de cooperação técnica em estudo prevê que as corporações usem suas forças operacionais e administrativas no sentido de combater, de maneira integrada, as queimadas que ocorrem no rico bioma amazônico, problemática que ultrapassa as divisas dos estados e perpassa pela autonomia de diversos governantes.

Por orientação do secretário da Segurança Pública, Jefferson Portela, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), já vem trabalhando diversas ações de mapeamento e planejamento que irão contribuir para uma melhor resposta operacional às queimadas neste ano.

De acordo com o coronel Célio Roberto, comandante geral do CBMMA, o governador Flávio Dino e o secretário de segurança determinaram que fosse colocado em prática um consistente plano para a preservação das florestas maranhenses. O assunto foi debatido em uma das reuniões do gabinete de gestão integrada, e engloba ações que vão desde atuação das delegacias de meio ambiente contra a extração ilegal de madeira até o emprego de profissionais diretamente na extinção de focos de incêndios florestais.

Além de outras ações, a corporação está promovendo cursos de capacitação específicos para o combate a incêndios nessa região mais afetada. “Estamos atentos para a aproximação do período de estiagem, nos próximos dias, 31 bombeiros militares deverão concluir o curso de prevenção e combate a incêndio florestal (CPCIF). Esses profissionais estarão capacitados para atuarem nas ações de defesa e preservação do nosso bioma Amazônico”, declarou o comandante.

Ranking

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), no ano passado, o número de queimadas no Brasil aumentou em 27,5%. Ao todo, o país teve quase 235 mil incêndios em 2015 contra 184 mil no ano anterior. Os três primeiros estados do ranking brasileiro com maior índice de queimadas fazem parte da Amazônia Legal: Pará (44.774 registros), Mato Grosso (32.984 registros) e Maranhão (30.096 registros), respectivamente.

No Acre, em Rondônia e Roraima, as queimadas já começam em junho. No Maranhão, há maior incidência nos meses de agosto, setembro e outubro.

Reserva Arariboia

No ano passado, o Corpo de Bombeiros do Maranhão combateu um incêndio de grandes proporções na Reserva Arariboia, na região central do Maranhão. O Governo do Estado decretou situação de emergência em onze terras da reserva indígena. Durante 49 dias, 124 homens se empenharam para impedir alastramento do fogo e reduzir os impactos negativos às comunidades indígenas e à vegetação local.

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