No final de maio, enfim, viagem iniciada, “as abóboras começam a se encaixar na carroça”. Primeiro foi o deputado Federal Josimar de Maranhãozinho que, num evento bem produzido, definiu o rumo do apoio de seu grupo; e este rumo foi a pré candidatura do senador Weverton Rocha. Apesar disso, o líder da BR, não definiu o nome ao senado que o grupo vai seguir.
Hoje foi a vez do prefeito Eduardo Braide se manifestar. Talvez empolgado com o período junino, o prefeito anda saindo mais às luzes nestes dias. Mas, ao contrário de Josimar, Braide declarou seu voto ao candidato ao senado Roberto Rocha, porém deixou pra mais tarde o candidato que vai apoiar ao governo do estado.
Na eleição de 2020, Eduardo Braide recebeu o apoio de boa parte do grupo liderando pelo senador Weverton Rocha, levando inclusive a certas fissuras no então “Grupo Dinista”, que vinha de formação iniciada ainda nas eleições de 2010 e definitivamente instituído em 2014 com a eleição de Flávio Dino ao governo do estado, Roberto Rocha ao senado, e deputados federais, a exemplo de Eliziane Gama, Weverton Rocha e Rubens Jr.
Apesar da debandada, quase imediata do senador Roberto Rocha, o grupo seguiu em expansão e se cristalizou em 2018 com a reeleição de Dino e a eleição de Eliziane Gama e Weverton Rocha ao senado. Mas a partir daí, começaram os sufocamentos, afinal, o próximo passo era o estabelecimento da liderança que substituiria o governador em 2022.
O primeiro gargalo forte, veio nas eleições municipais, quando Weverton e Othelino Neto (com direito à camiseta “deserte-se”), não seguiram com o candidato do governador Dino, no segundo turno das eleições, apoiando, justo, o adversário do grupo, Eduardo Braide. Motivo pelo qual foram chamados de desertores.
Portanto, pela lógica formal, o apoio de Braide deveria ser direcionado ao grupo liderado por Weverton Rocha. Porém, falamos de política, onde a mecânica é quântica e a relatividade onipresente. Tanto é, que o aliado maior de Weverton Rocha, Othelino Neto, já mudou de lado. Ainda assim, a probabilidade maior é que o prefeito de São Luís siga com Weverton Rocha. Mas, se não seguir, não seráde arregalar os olhos. Afinal, o ambiente da política é sempre um Reino da Dinamarca shakespeariano.