Já está em pleno funcionamento o primeiro Ecoponto de São Luís. Localizado na avenida dos Africanos, o espaço disponibilizado pela Prefeitura à população é destinado à entrega voluntária de materiais descartáveis e inservíveis não recolhidos pela coleta convencional de lixo, combatendo, assim, o descarte irregular de resíduos na capital maranhense.
A previsão é que sejam implantadas 10 unidades do tipo – todas em pontos da cidade que sofram com o descarte irregular. Outros três novos Ecopontos já estão em fase de implantação na área Itaqui-Bacanga, no Bequimão e no Turu. Os produtos recicláveis coletados nesses pontos serão enviados a cooperativas de reciclagem. Já os produtos orgânicos e inertes (madeiras, resíduos de construção civil, vidros, plásticos, latas de alumínio, etc.) serão encaminhados para destino final adequado.
A iniciativa integra a política de resíduos sólidos implantada na administração do prefeito Edivaldo, visando à melhoria da gestão integrada de resíduos na capital, para que a coleta do material descartado na cidade tenha destinação final ambientalmente adequada. A medida reforça as ações desenvolvidas pela Prefeitura na área da limpeza pública em São Luís, uma das primeiras capitais brasileiras a se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
A coordenadora do Comitê de Limpeza Pública de São Luís, Carolina Estrela, destaca que, além de promover maior conscientização das pessoas e melhoria da qualidade ambiental da cidade, o projeto propicia ainda ganhos significativos a cooperativas de reciclagem.
“Trata-se de um equipamento urbano de grande importância para a gestão do resíduo na cidade, pois atende positivamente diversos aspectos nas áreas ambiental, social e econômica, pois, a partir do momento em que as cooperativas de reciclagem são inseridas no processo de gestão do resíduo, proporcionamos a esta categoria maior organização e geração de renda”, disse Carolina Estrela.
Os ecopontos são instalados principalmente em áreas afetadas por grande volume de materiais descartados irregularmente, previamente catalogados pela coordenação do projeto. Os resíduos destinados a esses locais são, em grande parte, gerados através de reformas de pequeno porte, restos de poda e capina de origem domiciliar, ou ainda, móveis e eletrodomésticos velhos, que normalmente são descartados nas vias públicas.
O projeto de criação dos Ecopontos foi desenvolvido para atender os geradores e transportadores de pequena quantidade de resíduos, com volumes inferiores a 2m³, transportados por veículos como pick-up, carrinhos de mão ou carroças. Os condutores de veículos de tração animal são os grandes usuários destas unidades, pois têm como principal atividade o transporte de resíduos.
A instalação dos Ecopontos atende, ainda, aos ditames estabelecidos na Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade de concessão para execução de serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, firmada pela Prefeitura com a empresa São Luís Engenharia Ambiental.
Entre outras finalidades, a ação tem ainda como objetivo contribuir para a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; o descarte correto de pequenos volumes; a extinção dos lixões; além de estimular o reaproveitamento e a reciclagem de materiais descartáveis e propiciar à população um local específico para fazer a destinação do lixo reciclável acumulado em sua casa.
A iniciativa de criação do primeiro Ecoponto da capital agradou a população das áreas do entorno atendida pelo equipamento. A dona de casa Ana Lília Soeiro, 28 anos, relata que vive no local desde que nasceu e que sempre conviveu com os transtornos provocados pelo lixão que se formava na área. “Agora, as pessoas têm um local adequado para descartar o lixo e não depositar de qualquer jeito como era antes”.
O carroceiro Damião Ribeiro Viana, de 69 anos, confessa que já descartou lixo inadequadamente na área onde foi implantado o Ecoponto da Africanos e considera a iniciativa providencial para acabar com o descarte irregular de resíduos que existia há muito tempo no local. “A Prefeitura fez a sua parte. Agora, todos nós temos de fazer a nossa também, trazendo o material descartável para cá e não jogando de qualquer jeito na rua”, disse ele.