sexta-feira, 29 de março de 2024

Em vídeo entregue à Justiça, madrasta ameaçou Bernardo

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou à Justiça um vídeo em que Graciele Ugulini aparece ameaçando de morte o enteado, Bernardo Boldrini, de 11 anos. Ela é acusada da morte do garoto. A delegada Caroline Bamberg informou que Graciele diz: “Vamos ver quem vai primeiro para baixo da terra”. Segundo a delegada, o pai dele, Leandro Boldrini, manda o menino calar a boca enquanto chora.

A delegada disse que a intenção de Graciele era registrar uma birra do menino, mas acabou gravando a ameaça. No dia da gravação, os vizinhos chamaram a polícia ao ouvir o choro constante de Bernardo. Ainda na imagem, quando os agentes chegam, Graciele diz: “Vai lá, cagão”.

Essa foi uma das provas apresentada nesta terça-feira (26) no fórum de Três Passos (RS), durante a audiência sobre a morte do garoto. O pai, a madrasta, uma amiga e o irmão dela estão presos acusados do crime. Nesta etapa, 35 testemunhas devem ser ouvidas.

O policiamento em frente ao fórum da cidade de Três Passos, no interior gaúcho, foi reforçado. Dos quatro acusados, apenas os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz vão participar da audiência. O pai e a madrasta pediram dispensa. O julgamento ainda não tem data marcada.

O crime

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. À tarde, o menino teria ido a Frederico Westphalen com a madrasta e uma amiga comprar uma televisão. Quando voltou a Três Passos, a criança teria dito que passaria o fim de semana na casa de um amigo e não foi mais vista.

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Menino não se sentia parte da família

Após dez dias desaparecido, o corpo da criança foi encontrado em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a 80 km de Três Passos. O cadáver estava nu dentro de um saco enterrado em uma propriedade rural.

No mesmo dia, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira, Graciele Boldrini, e uma amiga, a assistente social, Edelvânia Wirganovicz, foram presos preventivamente suspeitos de participação no crime. Edelvânia indicou onde estava o corpo da criança. Ela também contou à polícia que Graciele dopou o menino e depois aplicou uma injeção letal. .

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