Endereços sem CEP por comunidades do país dificultam o trabalho das empresas de entregas e transportes por aplicativo.
Para resolver a situação em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, moradores e empresários se uniram para enfrentar essa dificuldade.
O empreendedor Giva Pereira em parceria com a liderança da comunidade criou o “Favela Brasil Xpress” uma startup que garante a entrega de todo produto comprado via e-commerce na casa das pessoas. Em entrevista ao Jornal da Tarde, ele afirmou que “é um preconceito de CEP. As pessoas na favela sequer têm direito a um endereço. Estamos criando o endereço para que a população possa ter acesso a esse serviço no novo mundo digital”.
O cliente realiza a compra no e-commerce, coloca o CEP e realiza o pagamento normalmente, após isso, o produto é direcionado para a base da startup. A compra é separada e colocada na rota do entregador que mora e conhece a comunidade.
“Eu sempre fazia compra pela internet, mas sempre falavam que não chegava o produto nesse território. Eu tinha que buscar o produto na loja ou dar o endereço de uma amiga minha e depois buscar o produto na casa dela”, contou a administradora auxiliar Júlia Lima.
Para o professor de sociologia e política Paulo Silvino, a pobreza tomada como sinônimo de marginalidade faz com que a periferia ainda seja vista como lugar de exclusão.