Segundo o Ministério Público Federal, a candidata apresentou certificado de conclusão de escola pública, mas estudou em instituição privada.
Uma investigação do Ministério Público Federal no Maranhão descobriu que uma estudante falsificou o certificado de conclusão do ensino médio para ingressar no curso de Medicina pelo sistema de cotas. Ela apresentou documentos de conclusão dos estudos de uma escola pública municipal de João Lisboa. Em função da confirmação de fraude, o procurador da República, Juraci Guimarães, pediu que a matrícula da candidata, que já cursou um período, seja cancelada.
Segundo o procurador, não há nenhum indício de que as escolas tenham participação no esquema. “Procuramos a instituição deensino aqui em São Luís e fomos informados de que, de fato, ela cursou o ensino médio entre os anos de 2009 e 2011. Com a Secretaria de Educação da Educação, tivemos a confirmação de que ela não estudou lá”, explicou Guimarães.
Em depoimento, a estudante disse que foi aluna da instituição privada na capital maranhense, mas que, também teria sido matriculada e cursado o ensino médio na unidade de ensino do município.
Como denunciar
A apuração do MPF-MA iniciou a partir de uma denúncia feita pelo site da instituição. Juraci Guimarães recebeu o caso por sorteio e admitiu que não havia detalhes sobre quem seria, apenas que uma pessoa estaria sendo beneficiada pelo sistema de maneira ilegal. “Foram informações muito abertas e o número de cotistas é grande. Mas depois de identificar o caso, conseguimos os documentos da entidade privada e do Governo do Estado confirmando que havia uma ilegalidade”.
A reportagem do Portal da TV Guará entrou em contato por telefone com a assessoria da UFMA e aguarda um posicionamento oficial da entidade sobre o caso. Por telefone, um funcionário da ascom adiantou, apenas, que “está apurando”.
