quarta-feira, 24 de abril de 2024

Estudo pioneiro com planta medicinal, para combate à “doença do carrapato” em cães, ganha premiação e tem patente publicada

Junto às temperaturas elevadas do verão é preciso redobrar o cuidado com a saúde dos cachorros, as mudanças climáticas do período favorecem o surgimento da erliquiose canina, mais conhecida como “doença do carrapato”. Apatia, fraqueza, febre, letargia, anorexia e hemorragias estão entre os principais sintomas da enfermidade infectocontagiosa transmitida através da picada do carrapato marrom.

O tratamento mais comum é o uso do antibiótico doxiciclina. Um método alternativo pioneiro a essa doença com a planta medicinal popularmente conhecida “catinga de bode”, e quando a terapêutica convencional não é indicada, foi o estudo desenvolvido pela Carla Janaina Rebouças Marques do Rosário, doutora em biotecnologia e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Pitágoras.

A investigação comprovou os efeitos antimicrobianos da planta medicinal, avaliando sua eficácia e segurança em relação ao tratamento com doxiciclina. “O estudo surgiu a partir da necessidade de reduzir a dose do antibiótico no tratamento da erliquiose canina; buscando reduzir os efeitos colaterais, o custo do tratamento e a resistência bacteriana”, explicou a médica veterinária.

A pesquisa iniciada em 2016, e com investigação finalizada em ambiente controlado de laboratório, ganhou uma das mais importantes premiações científicas do Norte-Nordeste promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). O estudo levou o primeiro lugar, na categoria tese de doutorado na área das ciências agrárias, recebendo diploma e troféu em cerimônia promovida em São Luís no final do ano passado.

Os resultados obtidos com o extrato bruto e óleo essencial da catinga de bode foram cadastrados no depósito de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a pesquisa científica já foi publicada na Revista da Propriedade Industrial do órgão, e aguarda a patente de seu experimento.

Para dar continuidade aos estudos, a médica veterinária está estruturando um grupo de pesquisa na graduação que coordena na Faculdade Pitágoras visando, “que os estudantes tenham uma formação prática e que possam contribuir para área investigando plantas e seus compostos como tratamento alternativo para doenças em animais. Na faculdade nós temos toda a estrutura para que os nossos alunos aprendam na prática e desenvolvam suas próprias pesquisas e estudos”, finalizou.

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