sexta-feira, 29 de março de 2024

Exposição de arte para público infantil ocorre no Centro Histórico gratuitamente

Atentas às cores e formas dispostas em meio à galeria do Centro de Referência Azulejar, boa parte das crianças que visitam a mostra “Arte, Imagem e Infância” (Arimin) está tendo, pela primeira vez na vida, contato com algum tipo de exposição artística. Voltada para a faixa etária de 4 a 10 anos, a exibição também conta com oficinas e atividades lúdicas promovidas pelo Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus São Luís – Centro Histórico e direcionadas prioritariamente às crianças do bairro do Desterro.

De acordo com a idealizadora do projeto, professora Lícia da Hora, o objetivo principal da exposição é a formação de público infantil para as diferentes linguagens artísticas. “É importante esse trabalho, desde a primeira infância, de formação dos cinco sentidos com as linguagens artísticas”, avalia. A mostra é formada por trabalhos produzidos tanto por alunos da licenciatura em Artes Visuais do IFMA como por crianças da Unidade de Ensino Básico Luís Serra, onde foram realizadas ações de extensão no âmbito da cadeira de Seminários Interdisciplinares.

Além das pinturas, quadrinhos, maquetes e fotografias, o projeto prevê uma programação de oficinas e atividades lúdicas com crianças do bairro, alunos de escolas públicas e familiares dos servidores do IFMA. O espaço montado no Centro de Referência Azulejar – prédio anexo do Campus Centro Histórico na Rua da Palma – ficará aberto até o dia 29 de julho, de quarta a sexta-feira, das 8h às 11h. A visitação de grupos deve ser pré-agendada pelo telefone (98) 3222-6374.

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Organização multidisciplinar

Além da professora Lícia da Hora, que ficou responsável pelo projeto pedagógico da exposição, o trabalho também está sendo organizado pelas docentes Maria Diniz, que foi curadora das pinturas e da programação de oficinas, e Ana Patrícia Choairy, coordenadora da seção de fotografias e cinema. “A nossa proposta é trazer essas crianças para o espaço museológico para que, além delas apreciarem, elas possam ser produtoras de arte neste período das férias”, explica Maria Diniz.

“Acho muito oportuno que a exposição seja feita no período das férias”, comenta Roseane Chagas, orientadora social da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (SEMCAS). Nessa quinta-feira (14), ela levou um grupo de crianças em situação de vulnerabilidade social da Casa do Bairro do Desterro para participar da roda de leitura e montagem de brinquedos. Jennyfer Batista, 9 anos, estava no grupo e conta que nunca tinha visto uma galeria de arte antes. “A parte que eu mais gostei foi quando a gente ouviu a historinha”, comenta.

Esse tipo de resposta do público é celebrado pela professora Ana Patrícia Choairy. A coordenadora da seção audiovisual da mostra revela que algumas crianças que já visitaram a exposição estão, inclusive, voltando e levando outros coleguinhas. “Através da parceria com o Maranime, a gente também está exibindo os filmes de animação para esse público”, afirma. Choairy destaca, ainda, os trabalhos de três alunos do curso de Artes Visuais que formam a exposição fotográfica “Meninada, Brincadeiras e Infância”.

Uma das animações selecionadas para exibição é a de Deyla Rabelo, aluna de Artes Visuais do IFMA. O filme “As aparências enganam” foi premiado em 1º lugar na Mostra “Curta do Núcleo Popular de Audiovisual” no Maranime do ano passado. “O principal objetivo da maioria das produções que eu faço é criar um tipo de conceito mais crítico a respeito de uma dada realidade”, pontua a realizadora. O curta-metragem da estudante buscou o desafio de falar sobre preconceito e medo da violência urbana de forma lúdica e educativa.

 

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