quarta-feira, 27 de março de 2024

Famílias em áreas de risco são recadastradas na capital

recadastramento defesa civil

Equipes da Defesa Civil visita bairros mapeados, realiza vistorias e faz recadastramento de moradores. As informações coletadas vão atualizar o mapeamento periódico e servir de base para as medidas implementadas pelo poder público municipal. O objetivo do trabalho é garantir a segurança, desenvolver ações sociais e de prevenção aos que residem nessas áreas. O trabalho, iniciado em julho, prossegue até setembro. Entre os bairros visitados esta semana estão o Cantinho do Céu, São Francisco, Parque Pindorama, Sacavém e Bequimão.

A ação tem caráter preventivo e finalidade de orientar os moradores sobre os perigos de permanecer em locais apontados como de risco, principalmente quando ocorrem chuvas. Durante a ação, os fiscais da Defesa Civil aplicam questionário junto aos moradores para saberem sobre o número de pessoas ocupantes da residência, situação dos imóveis e ocorrências que por ventura tenham causado qualquer dano.

As principais situações de risco encontradas são imóveis em áreas de encostas e propensas a deslizamentos e alagamentos; por trás de barreiras e em terrenos bastante acidentados. Além de problemas estruturais (rachaduras, fissuras e outros que atingem a estrutura física dos imóveis) e questões sociais como as moradias em palafitas. Os moradores são orientados a não fazer intervenções nas áreas, como desmatar ou retirar sedimentos, entre outras ações.

Para quem mora em risco iminente, o trabalho da Defesa Civil contribui para atenuar os problemas. É o que avalia a aposentada Maria de Jesus Mendes Souza, de 76 anos, que há mais de quatro décadas reside na Rua dos Buritis, no São Francisco. A área foi uma das visitadas pela Defesa Civil e na ocasião, ela relatou o medo de ter a casa atingida. “A gente vive aqui com medo de acontecer alguma coisa mais séria e saber que tem alguém para orientar e ajudar, já vale bastante”, disse a senhora.

Paralelo ao trabalho técnico com as vistorias e monitoramento das áreas, a Defesa Civil Municipal promove ações educativas junto aos moradores, durante o processo de levantamento das informações. As equipes orientam as famílias sobre os perigos e como agir em caso de possíveis deslizamentos ou desabamentos. Na última sexta-feira (03), a Defesa Civil realizou palestras na comunidade Quinta dos Machados (Jordoa) e Túnel do Sacavém.

Mapeamento

As áreas Itaqui-Bacanga e Coroadinho já tiveram as vistorias concluídas. As informações coletadas vão atualizar o mapeamento periódico e servir de base para as medidas do poder público municipal. A próxima etapa será a catalogação dos dados, a serem consolidados em documento e encaminhados a órgãos municipais competentes e entidades ligadas à questão.

Entre as medidas para acolher famílias que precisam sair de suas casas, devido ao risco de algum incidente, está a inclusão no programa Aluguel Social ou contemplação com unidades habitacionais do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’.

Registro realizado em 2017 pela Defesa Civil mapeou 60 pontos de risco nas sete áreas cobertas pelo levantamento na capital, destes, 29 prédios habitados em situação de risco no Centro Histórico. Os resultados e avaliações gerais do trabalho com o número de pessoas e imóveis cadastrados serão incluídos em relatório ao final da ação, que encerra em setembro.

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