A conta não fecha! Essa é a expressão que podemos definir dos valores utilizados pela Federação Maranhense de Futebol para “gerir” o Campeonato Estadual de 2018. O Governo do Maranhão repassou R$ 1.500 milhão para a FMF distribuir entre clubes e emissora de TV para a transmissão dos jogos, como patrocínio da competição com o projeto Maranhão Solidário.
O aporte financeiro era para ajudar os clubes, pois todos sabem que a dificuldade financeira que o futebol enfrenta.
Sim! Mas vamos ao que interessa: os números. De acordo com um relatório financeiro de despesas gastas com o Campeonato Estadual 2018, que a TV Guará teve acesso, os clubes foram agraciados com a quantia de R$ 800 mil, sendo uma divisão por ranqueamento, com Sampaio (R$ 150 mil), Moto e Maranhão (R$ 120 mil cada), Imperatriz e Cordino (R$ 115 mil cada), Bacabal, São José e Santa Quitéria (R$ 60 mil cada).
Deste montante sobrou a quantia de R$ 700 mil, que foram repassados, R$ 200 mil, para a emissora de TV que transmitiu e divulgou os jogos.
Um item de custo chama bastante atenção, pois foram gastos R$ 194 mil que, de acordo com o relatório financeiro da FMF, foi para Despesas de Logística, pessoal, staffs, material e produção durante o campeonato.
O que seria esta logística? Pessoal? Staffs? Material e produção durante o campeonato? Nossa reportagem vai tratar estes itens por partes.
O primeiro será logistica. A logística é o planejamento de vários itens importantes da competição, como armazenamento, distribuição e manutenção de vários tipos de materiais utilizados no evento. Mas o que a Federação gastou para isso? Qual foi a logística que ela utilizou? A confecção de uma tabela imperfeita e desigual? Material de escritório, impressão, digitadores, vice-presidentes e outros? Isso tem que ser esclarecido!
O segundo tópico é o pessoal. Mas que pessoal é esse? Funcionários da FMF? Seguranças, zeladores, maqueiros, fiscais? Pois tudo isso é pago pelos clubes mandantes dos jogos como despesa de borderô. Ou seja, se eles gastaram com isso, recebem de volta dos clubes.
O próximo é o Staff. Staff é um termo inglês que significa “pessoal”, no sentido de equipe ou funcionários. O termo é utilizado para designar as pessoas que pertencem ao grupo de trabalho de uma organização particular. Ou seja, Staff é o mesmo que “Pessoal”, o que já foi gasto no item acima.
Material e produção durante o campeonato. Nada disso foi visto durante o Estadual.
Mas uma pergunta fica: se foi gasto R$ 194 mil com isso tudo, por qual o motivo que os clubes tem pagar isso no borderô? Se esse dinheiro não é da Federação, por que ele tem que voltar para a entidade?
Com todas essas despesas anunciadas no relatório da FMF, a soma deu R$ 1.194 milhão, sobrando R$ 306 mil, sendo que foram 3% para o fundo ao esporte – uma quantia de R$ 45 mil, mas ainda sobra R$ 261 mil, que ainda não apareceram.