Em uma ação na Unidade Mista São Bernardo, nesta terça-feira (20), foi lançada a campanha estadual de combate à tuberculose no Maranhão. O objetivo é contribuir para o controle da doença, principalmente, através da sensibilização da população sobre a importância de diagnosticar, aderir e completar o tratamento.
A campanha, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, envolve ações de orientação, panfletagem, rodas de bate-papo, tanto para o público em geral, quanto para grupos populacionais com maior vulnerabilidade devido às condições de saúde e de vida, como indígenas, população privada de liberdade, vivendo com HIV/Aids e/ou em situação de rua. As ações acontecem até domingo (25).
“A tuberculose é uma doença evitável, tem tratamento e cura. Tomando a medicação no tempo correto, as chances de cura são de 100%”, reforçou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Rosany Leandra. Segundo a coordenadora, assim como em todo o país, o estado apresenta problemas de detecção e conscientização da doença. “E isso interfere no diagnóstico e tratamento”, relata.
Além das ações pontuais, unidades de referência ou que tenham relação com públicos prioritários terão programação. É o caso do Hospital Presidente Vargas, referência no tratamento de pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV), e Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O Programa Estadual de Controle da Tuberculose também realiza ações de rotina, como capacitações, visitas de monitoramento e apoio técnico aos municípios. A responsável técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Elza Lima, comentou que as unidades mistas e básicas de saúde costumam ser portas de entrada para pacientes com a doença.
Monitoramento dos casos
Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2017 foram diagnosticados 2.583 casos de tuberculose no estado, dos quais 1.686 em homens e 897 em mulheres. A incidência de casos novos no ano passado no Maranhão foi de 30,8 por 100 mil habitantes.
Entre os diagnósticos, 46 casos ocorreram na faixa etária de 0 a 9 anos; 215 casos em pessoas com HIV; 52 casos de tuberculose resistente.
Quanto as populações indígenas do Maranhão, foram notificados 64 casos de tuberculose em 2017. Já na população privada de liberdade foram notificados, no mesmo ano, 140 casos. Na população em situação de rua, foram diagnosticados 43 casos, sendo que destes, 22 foram diagnosticados pelo município de São Luís.
Atualmente, 13 pacientes do Sistema Prisional do Maranhão estão em tratamento. São Luís foi a cidade maranhense que registrou o maior número de casos (823), seguido por São José de Ribamar (130) e Imperatriz (82).
A doença
Doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas, a tuberculose é um sério problema da saúde pública. A transmissão do Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, acontece quando gotículas são eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse.
Dentre os sintomas destacam-se a tosse por mais de três semanas com ou sem catarro, acompanhada ou não de febre ao final do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser feito o quanto antes e por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.
Programação
21/03 – I Seminário – Articulando Políticas Públicas de Saúde
Local: Auditório da Assembleia Legislativa
Horário: 13h
22/03 – Complexo Penitenciário de Pedrinhas – Café da Manhã para internos e convidados
Local: Núcleo de Saúde do Complexo Penitenciário de Pedrinhas
Horário: 9h
22/03 – Orientações informativas sobre a tuberculose aos servidores do Complexo Penitenciário de Pedrinhas
Local: Portaria Unificada do Sistema Complexo Penitenciário de São Luís
Horário: 15h
23/03 – Abertura do Dia Mundial da Tuberculose no Hospital de Referência Estadual Presidente Vargas
Local: Hospital Presidente Vargas
Horário: 8h