A mãe Catiane Rodrigues luta na justiça desde maio para que a filha de dois anos passe por procedimento cirúrgico. A criança tem cardiopatia congênita e sofre bastante com isso. A cirurgia só pode ser realizada no Hospital Materno Infantil ou Carlos Macieira.
Maria Vitória tem dois anos e nasceu com uma cardiopatia congênita tetralogia de fallot. Esta doença causa fluxo de sangue pobre em oxigênio para fora do coração e para o resto do corpo. Os sintomas incluem pele azulada e falta de ar. A cirurgia costuma ser realizada no primeiro ano de vida, seguida de tratamento contínuo.
“Quanto mais tempo a criança demorar para fazer o diagnóstico e o tratamento, mais você aumenta o risco daquela criança sofre mais no procedimento cirúrgico ou eventualmente evoluir para um desfecho trágico como morte”, afirmou Natália Moreira, Cardiologista Pediatra.
Há dois anos a menina está na fila de espera para o procedimento cirúrgico que, em São Luís, segundo Catiane Rodrigues, mãe, a respostas dos hospitais é que não existem leitos disponíveis.
Em maio deste ano a família entrou na justiça, que determinou em liminar judicial, que a cirurgia fosse feita em até o dia 29 de maio, mas não foi cumprido. Na última quarta-feira (01) uma nova decisão judicial estipulou que a cirurgia seja feita até o dia 13 de agosto. Em nota a SES disse que todos os procedimentos estão sendo feitos para atender a criança Vitória.
Nota Secretária de Estado da Saúde:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que Vitória Rodrigues dos Santos é acompanhada por médicos do Hospital Universitário Materno Infantil. A SES informa que o Hospital Universitário e à Central de Regulação de Leitos do Estado, estão adotando todas as medidas para a liberação de leito pediátrico para garantir o acolhimento da criança.
Em julho a Maria Vitória entrou em um quadro de crises constantes, com desmaio e “roxidão” no corpo, e precisou ficar hospitalizada desde o dia 21 de julho, no Hospital da Criança. O problema é que, segundo Catiane, lá no hospital a menina corre risco de adquirir uma infecção hospitalar e aí, mesmo que tenha o leito para cirurgia, ela ficaria impedida de ser operada. Agravando ainda mais seu quadro clínico, já que a Maria Vitória está numa corrida contra o tempo e pela vida!
O caso dela já ficou tão grave que eu vim para o hospital e aqui ela já teve várias convulsões, já chegou a ficar toda dura e a cair dentro do banheiro passando mal. Eu vou lutar pela vida da minha filha porque eu não vou deixar a minha filha vim a falecer aqui nesse hospital como já acontece várias vezes. Eu só ouço casos de crianças que esperou tanto pegou bactéria e veio a óbito”. Contou, Catiane Rodrigues.
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