sábado, 20 de abril de 2024

Mapeamento hidrográfico encontra mais rios no Maranhão

Estudo do rios

Em fase de conclusão, o mapeamento hidrográfico do bioma amazônico maranhense apontou que o Maranhão possui rios maiores e em mais quantidade do que se acreditava até então. Os resultados preliminares foram apresentados na última semana pela equipe do Zoneamento Ecológico-Econômico do Maranhão (ZEE-MA). Coordenado pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), o estudo descobriu que a Amazônia Maranhense possui uma quantidade muito maior de rios e que rios como Pindaré e Maracaçumé são maiores do que se imaginava.

De acordo com a geógrafa Helen Barreto, responsável do eixo Recursos Hídricos do ZEE, o novo levantamento irá oferecer mais precisão para a cartografia da Amazônia Maranhense.

“O levantamento precisou redefinir os limites dos trechos de drenagens, das massas de água, das áreas alagáveis e das bacias hidrográficas, uma vez que os mapas do Departamento de Serviço Geográfico (DSG) são ainda da década de 1970 e estavam fora do padrão cartográfico exigido nacionalmente. É natural que, com as novas tecnologias de imagens por satélite e radar, estes mapas sejam atualizados”, explicou Helen Barreto, que é professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), uma das instituições parceiras do Imesc na realização do ZEE-MA.

Repensar o uso da água

Com os dados levantados será possível medir possíveis impactos gerados pela agricultura, pecuária e mesmo habitação sobre os rios, lagos e fontes do Maranhão. “É a partir destes dados que é possível definir quais áreas podem ser utilizadas para agricultura, quais devem ser preservadas, que territórios podem ser licenciados para a indústria para retirada de águas. Conhecer esses dados afeta toda a vida das cidades e comunidades presentes no território de uma bacia hidrográfica”, destaca o coordenador do ZEE-MA, Luiz Jorge Dias.

No Brasil, se retiram, em média, 2.057,8 m³/s dos rios, córregos, lagoas, lagos e reservatórios; sendo que 46,2% vão para a irrigação. Nas últimas duas décadas, houve um aumento de 80% na quantidade de águas para o consumo total, com perspectiva de crescimento de mais 30% até 2030.

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