A região do Alto Turi, responsável por cerca de 80% da produção do mel no Maranhão, está concluindo a colheita do produto neste mês de setembro. A previsão é de que em todo o estado sejam produzidas cerca de 3.500 toneladas de mel, oriundas da apicultura migratória e fixa. Um aumento significativo da produção, se comparado ao ano passado, quando foram colhidas aproximadamente 1.800 toneladas de mel.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), Cláudio Azevedo, o aumento da produção de mel, registrado nos últimos anos no estado, é um reflexo do potencial do pasto apícola, com a diversidade de florada e clima propício e a instalação de empresas no território maranhense.
“O Maranhão está cada vez mais atraindo investidores que acreditam no nosso potencial, não só para a produção de mel, mas também de outros produtos apícolas como a cera, o pólen e até o veneno das abelhas”, afirmou Cláudio Azevedo.
Na Baixada Maranhense, apicultores dos municípios de São João Batista, Viana e Anajatuba, já deram início à colheita do mel. Já os municípios que mais se destacam na produção de mel na região do Alto Turi são Nova Olinda, Santa Luzia do Paruá, Junco do Maranhão, Presidente Médici e Maranhãozinho. Além dos apicultores locais, a região também atrai produtores do Piauí e do Ceará, que migram com suas colmeias sempre em meados do mês de maio.
O presidente da Federação Maranhense de Apicultura e Meliponicultura, Euller Gomes Tenório, informou que, em Maranhãozinho, chegaram 15 apicultores de Jaicos, 50 de Picos e quatro de Paulo Afonso, cidades do Piauí, com um porte médio de colmeias de no mínimo 600 caixas e no máximo 1.500, produzindo 20 kg individualmente. “O enorme potencial do Maranhão atrai cada vez mais apicultores de outros estados”, afirmou Euller Tenório.
Ainda segundo o presidente, o mel do Maranhão, além de ser comercializado em outros estados do Brasil, é também exportado para os Estados Unidos e países da Europa, como exemplo a Alemanha e Itália.