sexta-feira, 19 de abril de 2024

Mês de Segurança Aquática mobiliza famílias em São Luís

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático a água mata muito no Brasil. Em média, todos os dias no país, dezessete pessoas morrem afogadas, e os casos chegam a 6 mil por ano.

Uma campanha nacional realizada pelo Instituto de Natação Infantil (Inati) chama a atenção para a necessidade de reduzir o índice de afogamentos infantis no país onde o afogamento é a segunda causa de mortes de crianças com até nove anos de idade. E a prevalência dos acidentes esta na faixa etária entre 0 e 04 anos.

Considerado pelo Inati como o mês de Segurança Aquática, o mês de novembro foi de ações para chamar atenção da população sobre as causas de afogamentos infantis.  Nesse último domingo do mês, uma caminhada em São Luís levou centenas de famílias com filhos entre 0 e 02 anos de idade, à Avenida Litorânea.

“O afogamento pode ser evitado com prevenção. Onde tem criança na água precisa haver um adulto supervisionando. A maior parte dos acidentes acontece em ambiente doméstico, onde muitos acabam relaxando na vigilância. Ensinar a criança a nadar e ter noções de sobrevivência reduz drasticamente as estatísticas. Mas ações de prevenção são fundamentais”, ressalta a professora Tatiana Galli, professora de educação física e diretora da escola de natação Clube do Ativa, organizadora do evento.

A mobilização contou com o apoio do Grupamento de Bombeiros Marítimos do Maranhão (GBMAR). Antes da caminhada foi realizada uma palestra sobre primeiros socorros e prevenção de acidentes no mar. Segundo o comandante do batalhão, major Munilson a iniciativa é importante para a toda sociedade. “Os números justificam ações como essas com caráter educativo. Fazemos questão de apoiar e alertar a população para evitar afogamentos”, pontuou.

Para a organizadora da caminhada a ação cumpriu o objetivo de informar para prevenir. “Acredito que o que fizemos mobilizou muitas pessoas na rua. Não só quem estava com a gente, mas quem passou por nós conseguiu ouvir sobre como é importante pensar em prevenção quando o assunto é água. É preciso que se entenda que água é perigo constante. Por isso é necessário conscientizar para evitar acidentes”, considerou Tatiana Galli.

O policial militar, Nelson Serra, andou os 3 km com o pequeno Thomas de 04 meses no canguru. Ele estava entre os bebês mais novos da mobilização, mas os pais fizeram questão de participar. “Pais de primeira viagem têm muitas dúvidas. Um evento como esse é importante para conscientizar e divulgar os cuidados que precisamos ter num momento de acidente, por exemplo,” disse. Há duas semanas o Thomas começou a fazer dois dias de natação periódica durante a semana. “Procuramos a atividade para melhorar o desenvolvimento dele”, ressaltou Nelson.

Foi por acreditar nos benefícios da natação que a Ionara, mãe do Miguel de 2 anos e 5 meses, colocou o filho para nadar bem cedinho. “Participamos por ser também um incentivo para os nossos filhos. Ele pedalou desde a concentração. Vendo a gente fazer atividade ele também quer fazer. Participamos das atividades de estímulo com ele desde quando começou o projeto Ativa Baby. Hoje ele faz natação três vezes por semana e também é muito bom o convívio com as crianças da mesma idade. Ele não pode ver uma piscina que já quer mergulhar”, disse a mãe.

A caminhada terminou no Círculo Militar dos Oficiais do Exército com estimulação aquática para os bebês. “Nós sempre orientamos que só saber nadar não é garantia de que a criança estará salva. O que fazemos é um trabalho em conjunto. A adaptação ao meio líquido, as noções de sobrevivência na água, e reforçamos as principais orientações sobre prevenção em piscinas, rios e mares”, concluiu a professora Tatiana.

Dicas de segurança

Piscinas

Crianças precisam de supervisão. Se você se afastar da piscina, leve-as junto.

Isole a piscina com grades.

Evite brinquedos que atraiam os pequenos para a borda e não deixe que corram ao redor.

Boias não são sinal de segurança e nem dispensa a supervisão.

Lagoas

Evite locais longe da margem, devido a riscos de câimbras.

Não nade em águas turvas e lodosas, pois troncos e galhos podem prendê-lo.

Pedras próximas à água podem estar escorregadias pelo limo.

Praia

Atenção sempre, pois o processo de afogamento em crianças é acelerado, devido à menor massa corporal.

Pergunte a um guarda-vidas o melhor local e nade perto dele.

Evite alimentos pesados antes de nadar.

Fique longe de pedras e costeiras.

O mar pode ter valas e correntes perigosas. Mantenha-se no raso.

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