quinta-feira, 28 de março de 2024

Metade dos jovens quer usar programas sociais para cursar ensino superior nos próximos anos

A maioria dos jovens brasileiros que pretende cursar ensino superior nos próximos três anos quer estudar em universidades públicas do Brasil. Porém, os estudantes se mostram pessimistas em relação ao cenário acadêmico. Os dados foram revelados pela pesquisa ” A visão dos jovens brasileiros sobre os programas sociais do MEC – A importância do Fies, ProUni e Pronatec”, encomendada pela ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), em parceria com o Instituto MDA.

As entrevistas foram feitas com 1.000 pessoas, de 18 a 30 anos, entre os dias 6 e 10 de junho deste ano, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Recife, Belém e Florianópolis.

Questionados se pretendem fazer faculdade nos próximos três anos, 78,9% responderam que sim e 1,7%, talvez. Ou seja, 81%. O percentual foi usado como base para as demais questões. Atualmente, apenas 17% dos jovens com idades entre 18 a 24 anos, cursam ensino superior no Brasil. A Lei do Plano Nacional de Educação prevê que, em 10 anos, a meta a ser alcançada é de 33%. 54,2% dos entrevistados não acreditam que o País cumprirá com a meta, diante de 41,1% que responderam sim.

Em relação aos programas sociais para o nível superior, a maioria respondeu que pretende utilizar o Pronatec (49,4%), Prouni (57,9%) e Fies (50,3%), caso não estudem em universidades públicas. Os estudantes também são favoráveis ao aumento no número de vagas do FIES (90,2%) e do Prouni (91,9%). No entanto, eles são contra a cobrança de mensalidades em universidades públicas para alunos que podem pagar uma faculdade particular (57,3%).

Segundo a associação, o governo federal apresentou proposta de controle dos gastos públicos, os quais podem diminuir os investimentos em educação. 75% dos jovens responderam ser contra esta medida, e concordam que o governo deve conceder bolsas para quem não tem renda suficiente para pagar as mensalidades em universidades privadas (94,5%), além de implementar ações que permitam que mais brasileiros, independente da renda, obtenham o diploma de nível superior (96,4%).

Ainda de acordo com pesquisa, 64,8% dos jovens cursaram o ensino médio em escola pública estadual; 28,1%, em escola particular; 5,4%, em escola municipal e 1,7%, em escola federal. Dos jovens ouvidos, 50,5% afirmaram que os pais podem pagar uma faculdade particular, contra 37,3% que não têm condições. Mesmo tendo interesse em instituição pública (71,2%), a maioria cursaria faculdade particular (78,6%).

De acordo com a ABMES, o número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 3,1 pontos percentuais. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE, TSE e TRE.

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