O governo do presidente da República interino, Michel Temer, pretende extinguir 4 mil cargos comissionados até o fim do ano.
Serão revistos também todos os 51 diferentes métodos de contratação previstos hoje no arcabouço legal do governo, entre cargos comissionados e funções gratificadas, com o objeto de reduzir e simplificar as regras.
“Isso não resolve a questão do gasto público e da meta de déficit fiscal, mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo para a sociedade”, explicou o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, na primeira entrevista coletiva de ministros do governo Temer.
“O governo deve resgatar sua credibilidade. Os números anunciados serão cumpridos. Vamos preservar a realidade”, garantiu.
Para facilitar os cortes, o presidente interino Michel Temer solicitou aos ministros recém-empossados que preencham apenas 75% dos postos de livre provimento a que têm direito em seus ministérios.
“O setor público não é um fim em si mesmo. Tem que gastar pouco internamente e muito com a população”, afirmou Jucá. Ainda de acordo com o ministro, os cortes vão abranger as empresas públicas, entre elas os bancos estatais.
De acordo com Jucá, o montante que se pretende economizar “será anunciado no momento certo”. “Existem cargos diferentes, com valores diferentes, situações diferentes. E, se nós pudermos passar dos 4 mil cargos, nós passaremos dos 4 mil cargos”, acrescentou o ministro.
Reajustes salariais
O ministro afirmou que o governo interino honrará os projetos de reajuste salarial de servidores que tramitam no Congresso.
O ministro assegurou, ainda na entrevista coletiva, que os programas sociais do governo não estão em risco. “Os programas sociais serão mantidos, ampliados e melhorados”, disse.