Moradores do bairro da Vila Nestor, que fica em Paço do Lumiar, reiniciaram o protesto, que teve início na última quinta-feira (07), nesta manhã, e bloquearam, novamente, a Avenida Beira Mar, nas proximidades do Palácio dos Leões, sede do governo do Estado. O protesto é contra a reintegração de posse do local onde moram, dado ao prefeito da cidade.
O líder comunitário da região, identificado, apenas, como Nestor, disse que a Justiça do município deu o direito de reintegração de posse ao prefeito, sendo que ele não teria apresentado a documentação da terra.
Desde ontem, a Polícia Militar monta guarda na rampa que dá acesso ao palácio. Três carros de PM foram deslocados. Alguns manifestantes, também, passaram a noite inteira no local e, nesta manhã, com cartazes em punho, pedem moradia.
O governo do Estado se pronunciou, por meio de nota.
Leia abaixo:
A respeito de protesto por ocupação de terra no município de Paço do Lumiar ocorrido na Avenida Beira-Mar, na tarde desta quinta-feira (6), o Governo do Estado esclarece que:
Adota postura democrática estabelecendo diálogo permanente com todos os segmentos sociais. Na tarde desta quinta-feira (6) houve reunião entre membros do Governo com comissão de moradores da Vila Nestor II, do município de Paço do Lumiar, liderados pelo senhor Nestor Almeida, para ouvir a reivindicação de que foram notificados pela Justiça para desocupar a área do bairro, que pertence a particular.
Na reunião, os moradores explicaram que receberam mandado de reintegração de posse e pediram para que o Governo interviesse junto à Justiça para a concessão do terreno. Restou esclarecido aos moradores que o Governo não pode intervir em decisão judicial, pois há limites constitucionais.
A atitude democrática do governo não pode ser confundida com falta de autoridade. Desse modo, o uso de força moderada pela Polícia Militar foi necessária para garantir a ordem e evitar que manifestações violentas impedissem a livre circulação de pessoas na Avenida Beira-Mar.
Ao Governo do Estado cabe zelar pelos direitos do conjunto da população, que não pode ter cerceado seu constitucional direito de ir e vir.