quinta-feira, 28 de março de 2024

Mulher suspeita de integrar grupo que assassinou Dorothy Stang é presa no MA

Luana de Cássia foi encontrada na entrada de um clube no povoado Itamarim, no município de Rosário (Foto: Divulgação)

Foi presa na noite deste domingo (13), uma mulher suspeita de integrar grupo que esteve envolvido no assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, no estado Pará. Ela foi encontrada na entrada de um clube de festa num povoado chamado Itamarim, localizado no município de Rosário, a 68 km de São Luís.

Luana de Cássia Castro Silva, como foi identificada pela polícia, estava sendo monitorado há quatro meses e meio. Pela investigação, durante esse tempo a suspeita trocava de endereço constantemente. A equipe do Grupo de Serviço Avançado (GSA) da Polícia Militar do Maranhão recebeu a informação de que ela estaria em um festejo no povoado Itamirim.

De posse dessa informação, a polícia começou a vigiar Luana de Cássia, que recebeu voz de prisão na entrada do clube onde estava ocorrendo uma festa. Contra ela estavam abertos dois mandados de prisão, um da comarca de Belém (PA), do ano de 2005, e outro na Comarca de Açailândia.

Carlos Magno da Silva Silva, o Nanau, também foi preso durante a operação. Ele foi preso após tentar agredir o grupo policial que foi até o local efetuar a prisão da suspeita. A polícia encontrou uma quantia de R$ 1.150,60 com a dupla.

Carlos Magno da Silva Silva também foi preso após querer agredir os policiais, tentando impedir a prisão de Luana (Foto: Divulgação)

Os dois foram encaminhados para a delegacia de Rosário, para realizar os procedimentos devidos. Vale ressaltar que a prisão de Luana não foi pelo assassinato de Dorothy Stang. Ela faz parte do grupo que realizou o crime, mas a prisão realizada foi por outro homicídio.

Sobre o caso
Dorothy Stang era de uma congregação católica. Ela veio para o Brasil em 1966. Nasceu em Ohio, nos Estados Unidos, mas decidiu ser cidadã brasileira. Foi naturalizada e passou a morar na Amazônia. Em Anapu, conheceu o drama do pequeno agricultor, sem terra para trabalhar. Virou uma liderança na luta pela reforma agrária e começou a incomodar madeireiros, fazendeiros e grileiros da região.

A vítima relatava que sofria ameaças e, segundo pessoas próximas da religiosa, sua morte estava anunciada: o clima era tenso na região e, no dia do crime, Dorothy tinha um encontro marcado com agricultores da região.

Dorothy Stang foi morta com seis tiros pelo pistoleiro Rayfran das Neves Sales. A repercussão internacional do caso deu visibilidade para conflitos de terra na Amazônia. Na época, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, esteve na região e deslocou um aparato policial para as investigações. As polícias civil e federal iniciaram uma caçada para prender os suspeitos. Rayfran foi detido 3 dias após o crime.

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