terça-feira, 5 de novembro de 2024

Mutirão Mais IDH chega a Fernando Falcão

Começou nesta segunda-feira (9), simultaneamente em nove municípios do interior do Maranhão, o Mutirão ‘Mais IDH’, lançado pelo governador Flávio Dino. Durante os próximos 12 dias, unidades móveis de atendimento e postos alternativos levarão serviços de saúde, sociais, cidadania, entre outros, para nove dos 30 municípios maranhenses com menores índices de Desenvolvimento Humano Municipal do Estado.

 

Entre as cidades contempladas com esse primeiro ciclo do mutirão, que contará com três etapas de itinerância, está o município de Fernando Falcão. Localizado no Centro Maranhense, o município com aproximadamente 9.241 habitantes registra, segundo dados do mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o pior IDHM do estado (0, 443) e o segundo pior do país, perdendo apenas para o município de Melgaço, do interior do Pará.

 

O secretário de Estado de Saúde, Marcos Pacheco, acompanhou o início das ações e destacou que a inclusão de Fernando Falcão no mutirão é uma prova de que o Estado está preocupado em chegar a cada um dos maranhenses, onde quer que eles estejam.

 

“Estamos trabalhando em duas grandes ações atendendo a determinação do governador. A primeira é com o foco na melhoria do IDH. Para isso, precisamos fazer um trabalho duro em três dimensões: saúde, renda e educação. E o segundo é trazer o Governo do Estado para onde ele é mais necessário, nesses municípios pequenos que tradicionalmente eram esquecidos”, destacou Marcos Pacheco.

 

Na oportunidade, o secretário, que também é médico, incrementou a equipe de profissionais da saúde realizando consultas. Uma das pessoas atendidas foi o agricultor familiar Miguel Bento de Sousa, que está sem conseguir trabalhar há 2 anos em virtude de complicações de uma cirurgia na perna, após um acidente de moto.

 

“Já rodei muito atrás de médico, porque aqui ninguém conseguiu resolver meu problema. Mas nos outros lugares onde eu fui também continuou do mesmo jeito. Minha vida é só sofrimento e muita dor desde que isso aconteceu”, relatou Miguel, 37 anos, pai de cinco filhos e que vive atualmente apenas do trabalho da mulher na roça e dos auxílios do Governo Federal pelo Programa Bolsa Família.

 

O agricultor, ao ter acesso aos serviços do Mutirão ‘Mais IDH’ disse acreditar no governador Flávio Dino e nos seus secretários para mudar a realidade da vida no município. “Acreditamos muito no novo governador e nos seus secretários”, completou.

 

Outro serviço que está sendo oferecido pelo mutirão é a atualização de carteiras de vacinação. A lavradora Maria Severina Gomes de Moura, 33 anos, levou três dos seus sete filhos para tomar vacinas no mutirão. “Os dois mais novos e os dois mais velhos já tomaram as vacinas todas, mas esses três aqui estavam com a carteira atrasada, então estou aproveitando para vacinar logo”, explicou.

 

Plano de Ação ‘Mais IDH’

O mutirão faz parte do Plano de Ação ‘Mais IDH’, que visa promover a superação da extrema pobreza e das desigualdades sociais no meio urbano e rural, por meio de estratégia de desenvolvimento territorial sustentável, com políticas públicas que valorizem a diversidade social, cultural, econômica, política, institucional e ambiental das regiões do estado.

 

Nesse momento, além das ações pontuais de atendimento, está sendo realizado um levantamento das principais necessidades existentes em cada um dos 30 municípios com indicadores de desenvolvimento humano do estado para que mais ações sejam realizadas em cada uma dessas localidades.

 

Uma dessas ações é a instalação de uma rede plena de abastecimento de água potável nas sedes dos 30 municípios com menor IDH do estado. Essa medida facilitará a vida do lavrador Francisco dos Santos Oliveira, residente do povoado Bom Lugar, no município de Fernando Falcão. Diariamente, ele anda cerca de 10 quilômetros para pegar água de um poço em um povoado próximo.

 

“Todos os dias pego o meu jumento e ando cerca de 10 quilômetros para buscar água e volto. Lá na minha casa não temos água para nada. Esses 80 litros que busco servem para tudo: lavar roupa, louça, preparar comida para mim, minha mulher e mais dois filhos”, relatou.

 

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