A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, rebateu as acusações de que seria uma pessoa frágil por ter chorado durante a campanha.
— Não se pode confundir sensibilidade com fraqueza. As pessoas que não se deixam emocionar, essas, sim, podem ser muito fracas.
A candidata fez a declaração durante entrevista realizada na manhã desta quinta-feira (25) durante entrevista em canal de TV aberta. Questionada se o choro após crítica de Lula feita durante a campanha não reforça uma imagem de fragilidade perante o eleitor, marina refutou a situação.
— Não é fragilidade. Quem foi que disse que um presidente da República não tem emoções?
Marina Silva se lembrou de sua origem para justificar o motivo de ser uma pessoa sensível.
— [Ter enfrentado] cinco malárias, três hepatites, uma leishmaniose, perder a mãe aos 14 anos, ter sido alfabetizada aos 16 anos, ter passado o que eu passei, vir me dizer que isso é fragilidade e me pedir para não ter emoções? Sinceramente! Eu já vi tantos líderes chorando, e não é por isso que eles são mais fracos ou menos fracos.
Marina ainda relembrou uma história que passou ao lado do próprio ex-presidente Lula, quando ele foi eleito presidente pela primeira vez.
— Uma das coisas que mais me emocionou, foi no dia em que o presidente Lula foi ser empossado, que ele pegou o seu diploma, e disse: “Eu que nunca estudei, estou recebendo o meu primeiro diploma, de presidente da República Federativa do Brasil”, e caiu no choro. Eu caí no choro também. E mesmo que o Lula me pedisse “Marina, não chore”, comigo chorando, ele não ia conseguir segurar as minhas lágrimas. Eu sou uma pessoa sensível.