quinta-feira, 25 de abril de 2024

O carisma da alegria

No Horto das Oliveiras às vésperas da hora final, Jesus Cristo, nosso bendito salvador, clara, à viva voz: Pai, se for do teu agrado, passa de mim este Cálice, mas seja feita não a minha, mas a tua vontade. No alto do Calvário, já pregado na cruz, Ele clama, Pai, porque me abandonaste? E antes do último suspiro diz: Pai, está tudo consumado.

Sei que é uma redundância, mas é preciso dizer: a dor dói e leva o homem da alegria à tristeza; da vida à morte, nas mais incontidas emoções e pode parecer um paradoxo, mas tem gente que vivo está morto e outros que, ainda que mortos, permanecem vivos.

No seu bar, ele fizera questão de pintar a frase do rei Roberto Carlos de quem era ardoroso fã: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. E em minha homenagem colocara mais abaixo a frase: “Coisas assim não se esquece jamais, coisas assim são emoções reais”.

Ele também gostava de criar frases e esbanjar sorrisos, dono que fora, do carisma da alegria e da verdadeira amizade: gostando mais de dar do que receber, chegando ao ponto da irresponsabilidade: dando o que tinha e até o que não tinha, porque não sabia negar nada a ninguém.

Atleta e dirigente, fora um grande e incansável desportista, ajudando para a grandeza da Vila formosa do Anil, que certamente há de prestar-lhe as devidas homenagens, por ser isto um dever de gratidão.

Ulysses Guimarães costumava dizer que os grandes homens não morrem e sim desaparecem, porque serão sempre lembrados e ele jamais será esquecido!

Não sendo um Getúlio Vargas, ele está saindo da vida para entrar na nossa memória.

Raimundo Nonato Santos Buna, nosso inesquecível Boréu, permanecerá na lembrança da esposa, filhos, nora, irmãos, cunhados, tios, sobrinhos, primos e dos incontáveis amigos, dentre os quais ouso-me incluir.

Vai em paz Boréu, deixando-nos a certeza da tua imperecível lembrança.

*Radialista, compositor e produtor musical

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