No mês de julho tivemos uma deflação, quando o IPCA marca -0,63 %, sendo que, no mês passado foi de 0,51%, resultando numa forte variação. No acumulado do ano registra 5,22% e nos últimos 12 meses a inflação registra 10,46%.
O resultado de julho foi consequência da queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, gás de cozinha e da energia elétrica. Além disso, nós tivemos também a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Essa redução afetou, não só o grupo de transportes (-2,53%), mas também o de habitação (-2,81%), por conta da energia elétrica. Foram esses dois grupos, os únicos com variação negativa do índice, que puxaram o resultado para baixo.
Outro grupo que contribuiu para o resultado da inflação foi vestuário, com uma desaceleração para 0,91%, após apresentar a maior variação positiva entre os grupos pesquisados nos meses de maio e junho, influenciado pela queda muito forte no preço do algodão, que é uma das principais matérias-primas da indústria têxtil.
Também mostrou ritmo de desaceleração o grupo de saúde e cuidados pessoais (0,50%) devido à variação inferior dos valores dos planos de saúde, na comparação com o mês de junho, e à queda dos itens de higiene pessoal.