Cunha está se mostrando o homem forte do país, o mandachuva que indica ministros, advogado geral, e emplaca em cargos estratégicos, como por exemplo, o advogado dele, que foi parar na Casa Civil, e um assessor na Secretaria de Governo, os olhos e ouvidos do grande Papi no executivo.
E para completar o controle, garantiu o deputado André Moura, seu mais que fiel escudeiro, como Líder do Governo, na câmara. Sim, o mesmo André Moura que é réu em três ações penais no STF, investigado uma suposta participação em tentativa de homicídio, além de acusado de fazer parte do esquema de corrupção da Petrobras.
No Maranhão, o braço forte de Cunha é o deputado Fufuquinha, que hoje, durante a audiência, Na Comissão de Ética, demostrou o tamanho de sua dedicação e obediência. Aliás, segundo se comenta, Fufuquinha se remete a Cunha como “Papi”, apesar da negativa do deputado maranhense, que se justifica dizendo que “não fala Papi, por que, com todo respeito, é um termo afeminado”.
Mas a estratégia é clara: o foco de Cunha, representado por Fufuquinha, no Maranhão é o fortalecimento da candidatura do deputado Wellington do Curso (PP-MA), que em forte pré-campanha conta com apoio e simpatia de Eduardo Cunha.
Assim se desenha o novo “Centrão”, pronto para repicar os mandos e desmandos de Eduardo Cunha. Já disseram que Temer virou refém do Centrão, mas o fato é que Temer, Cunha, Fufuquinha fazem parte da espinha dorsal desse grupo extremamente conservador que domina, e faz o que quer, agora tanto no Executivo como no Legislativo Federal.
Um exemplo disso é essa Comissão de Ética curvada, suspeita, e fúnebre que atua como aguá represada, em favor de Cunha, com poucas excessões. Outro exemplo é esta estratégia de Eduardo Cunha, de distribuir suas influências pelo país, visando eleger prefeitos em capitais e grandes cidades para, assim, garantir a continuidade de seu projeto de poder e se safar de toda e qualquer acusação.
