quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Opaq manifesta “grave preocupação” com suposto ataque químico a cidade síria

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) manifestou nesta terça-feira (4) “grave preocupação” com o suposto ataque químico contra a cidade de Khan Sheikhoun, em Idlib, no Norte do país, e garantiu que está reunindo e analisando informações sobre o ocorrido. 

Em comunicado, a organização, cuja sede fica em Haia, na Holanda, declarou que “está gravemente preocupada” e destacou que uma missão de busca “está em processo de reunir e analisar informações de todas as fontes disponíveis”.

Essa equipe remeterá um relatório ao Conselho Executivo da Opaq e aos Estados-parte da Convenção sobre Armas Químicas, acrescentou a organização.

A Opaq condenou “firmemente” a utilização de armas químicas “sob qualquer circunstância” e lembrou que essa Convenção proíbe o uso, o desenvolvimento, a produção, o armazenamento e a transferência desse tipo de armamento. A Convenção considera qualquer produto químico utilizado em uma guerra como “arma química”.

A missão de busca de ocorrências da Opaq foi criada em 2014, em resposta às alegações constantes de ataques com armas químicas na Síria. O trabalho da missão consiste em estudar toda a informação disponível relacionada com o suposto uso dessas armas na Síria.

Desde maio de 2014, a organização enviou essa missão ao país árabe e ao exterior em várias ocasiões e manteve os Estados-parte informados sobre seu trabalho. A equipe se encarrega de entrevistar testemunhas no terreno e recolher amostras e evidências físicas para analisá-las.

A Opaq e o Conselho de Segurança da ONU aprovaram em 2015 a operação contínua da missão, que confirmou as alegações de uso de armas químicas tóxicas na Síria.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que citou fontes médicas e ativistas, pelo menos 58 pessoas – entre elas 11 menores – morreram e dezenas ficaram feridas em um suposto bombardeio químico em Khan Sheikhoun.

Esta cidade tem cerca de 75 mil habitantes, muitos deles deslocados procedentes da província vizinha de Hama, que está sob controle do Exército Livre Sírio.

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