quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

OPINIÃO: Eliziane, Edivaldo, Castelo – quem é pedra e quem é telhado

Ano eleitoral. Tá na hora de começar a preparar a munição. Uma delas é o livro “Quem bate perde?”, do cientista político Jairo Pimentel Jr. O livro foi lançado no mês passado e hoje, passados pouco mais de 30 dias do lançamento, está sendo comentado em vários sites nacionais.

O livro, resultado da tese de doutorado do autor, analisa os impactos da propaganda eleitoral negativa no voto. A análise baseia-se na campanha presidencial de 2010, quando a equipe de marketing de Dilma, comandada por João Santana, resolveu lançar mão de uma série de ataques ao adversário Aécio Neves, e mais uns respingos violentos pra Marina Silva, que sentiu muito os ataques.

A estratégia ia de encontro ao pensamento de Duda Mendonça, o marqueteiro de Lula, que dizia “quem bate perde”. O que Pimentel prova no seu trabalho é que bem batido, o adversário entontece. Marina que o diga: foi à lona.

Pimentel Jr. diz que duas emoções dirigem o comportamento eleitoral: entusiasmo e ansiedade. O entusiasmo favorece o engajamento, e leva o eleitor a votar em determinado candidato, a ansiedade faz o oposto. E o trabalho do cientista político comprova que a propaganda negativa é um condutor de ansiedade, consequentemente, afasta o eleitor do candidato atacado.

As campanhas políticas do período eleitoral são apenas parte do evento que vai conduzir alguém a um posto e relegar outros à espera ou ao esquecimento. Junto a isso há uma série de elementos envolvidos. O perfil do candidato, a origem, a ideologia, a postura, o trabalho de base, o grupo político, só para citar alguns. É a canalização das características acima, pela estratégia de campanha, que vai lograr êxito ou não.

O que temos em São Luís? Um prefeito, cuja avaliação não é boa – Edivaldo Jr., uma liderança jovem, que se mentém à frente nas últimas pesquisas – Eliziane Gama, um ex prefeito, também mal avaliado – João Castelo, e mais alguns pretendentes que correm por fora e/ou soltos.

Por liderar a corrida, a candidata a ser batida é Eliziane. A única coisa que se pode falar dela é que não tem experiência administrativa. Mas quem tem de ser batido, de fato, é o prefeito, por que ocupa o cargo. E esse vai ser telhado.

Castelo tem o tempo a seu favor. Tem também o acúmulo dos mesmos problemas não enfrentados pelo atual prefeito, que afastam ainda mais a reponsabilidade do deputado federal.

O pulo do gato é que não importa o que se fala, mas o jeito que se fala. Quem optar pela estratégia da pedra, vai ter que aprender a ser telhado. Teremos uma campanha mais curta desta vez, por consequência mais intensa; não haverá tempo a perder. O que tiver que ser dito tem que ser dito logo. Pimentel Jr deixa uma dica: “Campanha negativa é a forma mais eficiente para alterar cenários desfavoráveis”. Então, quem vai usar a pedra primeiro?   

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