sábado, 7 de dezembro de 2024

OPINIÃO: O crime corre solto nas veias da sociedade

Ontem, mais uma vez, tivemos uma demonstração que a nossa sociedade está em desequilíbrio. Mais uma vez a parte mais exposta da comunidade foi atacada com fogo. Mais ônibus incendiados. Somos todos reféns de um sistema emperrado, que não funciona mais. E justo nesse momento, em que o país vive uma crise de suspeição da democracia. O que somos para o mundo? O que somos para nós mesmos, brasileiros?

É simples e claro: a justiça não funciona, a educação não funciona e o sistema produtivo não funciona. Não é uma questão do maranhão, é do Brasil inteiro. É do Amapá ao Rio Grande que os criminosos entram e saem da prisão toda semana, no entanto, por exemplo, a polícia de São Paulo espanca estudantes e professores, e até colegas de corporação. Criam uma lei inócua que manda ligar os faróis nas estradas, mas o país está apinhado de carros roubados circulando em todos os cantos. Em São Luís, são furtados ou roubados cerca de 150 veículos por mês, a maioria para cometer outros tipos de crime.

Os encarcerados tem livre comunicação com seus agentes do lado de fora. Mas há cidades que não há sequer delegado ou delegacia. A polícia prende os mesmos criminosos repetidamente. Curiosamente, esse ano, dois traficantes grandes, presos em flagrante foram soltos em um plantão judicial.

Fizeram uma lei para tirar as armas de circulação e a polícia apreende armas todos os dias, mas um cidadão que matou um ladrão dentro de casa com um instrumento de trabalho, um terçado, teve a prisão decretada. Há poucos anos, um borracheiro condenado por comprar pneus roubados foi decapitado em pedrinhas, mas assaltantes de banco, latrocidas e assassinos em geral comandam o crime organizado de dentro da prisão. Assim como políticos condenados saem da prisão pra disputar cargo de prefeito. Algo está muito errado.

Os presos de Pedrinhas destruíram os uniformes, o ambiente e a polícia corre lá pra resolver, os grandes traficantes permanecem em suas mansões, seus aviões e helicópteros e população debaixo do fogo e da bala diariamente. No entanto os bancários estão em greve há dias e a população que se vire, as empresas que se virem, ninguém liga. Nem governo nem banqueiros. E as pequenas agências bancárias de cidades miseráveis continuam sendo explodidas e os cidadãos feitos reféns toda semana.

A polícia prende, mas o crime continua. Nada muda no dia a dia. O povo está apavorado, as ameaças são constantes e as resoluções são paliativas. Estamos todos em perigo; uns mais do que outros, mas todos podemos ser vítimas de alguma violência a qualquer momento. Não dá mais pra agir por paliativos.

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