quarta-feira, 24 de abril de 2024

Orgulho Autista: Combater o preconceito é essencial

Nesta sexta-feira (18) é comemorado o Dia do Orgulho Autista. A data foi criada nos Estados Unidos e tem como principal objetivo reconhecer o potencial das pessoas que possuem o Transtorno do Espectro Autista e combater o preconceito contra as diferenças.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo existem 70 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo, sendo que 2 milhões delas estão presentes no Brasil. O órgão ainda aponta que uma a cada 88 crianças apresentam o quadro.

Segundo a nutricionista Maria de Lourdes Piedade Silva (58), avó de Cauã Silva de 5 anos, muito além da data de hoje, todo dia é dia de ter orgulho e gratidão. Para ela, a data é uma oportunidade para chamar a atenção e conscientizar toda a sociedade sobre o TEA, lutar contra o preconceito e a falta de informação que ainda é muito grande.

O autismo é uma condição psiquiátrica caraterizada pela repetição de padrões comportamentais e dificuldade com a interação social e relações afetivas. Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, o transtorno pode afetar o sistema nervoso, mas o alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente.

Vale ressaltar ainda a importância do diagnóstico precoce do transtorno para que as crianças recebam terapias comportamentais, educacionais e familiares que podem reduzir a quantidade dos sintomas.

“Começamos a perceber que ele ficava na pontinha dos pés, pulando e agitando desordenadamente os braços sempre que assistia algum filminho que gostava. Percebemos isso aos 2 anos e levamos ao médico. O diagnóstico ele é essencialmente clínico, realizado por meio de observação do comportamento por isso levamos vídeos para observação.” afima Maria de Lourdes.

Segundo a avó, ela nunca sentiu o preconceito em relação ao neto, mas conhece casos de famílias que passam por isso.

“A primeira coisa é entender que o autismo não é uma doença. O TEA transtorno do Espectro Autista é uma neurodiversidade e precisa ser entendia pela sociedade. Na minha visão como avó e nutricionista a pergunta não seria “como educam e tratam o autista” ele é educado como qualquer outra pessoa dita “normal ” se é que existe esse tal de normal. O autista tem uma forma peculiar de pensar, de construir seus pensamentos de reagir e expressar sua emoções” completa.

O Dia do Orgulho Autista foi criado em 2005 pela organização norte-americana Aspies for Freendom com o intuito de esclarecer dúvidas sobre o tema para a sociedade e garantir a inclusão desses cidadãos em ambientes comuns. Além disso, a data ressalta a importância de oferecer melhores condições para o desenvolvimento intelectual das pessoas diagnosticadas com o quadro.


– Publicidade –

Outros destaques