quinta-feira, 25 de abril de 2024

Período chuvoso potencializa doenças respiratórias

As chuvas e as variações de temperaturas podem trazer consequências bem
desagradáveis para a saúde, aumentando a incidência das doenças
respiratórias. É importante manter a carteira de vacinação atualizada, para
as crianças e complementar a vacinação com aquelas doses fora das
campanhas, aos idosos, são medidas que garantem a saúde.

Camila Valentim é mãe de quatro crianças, o mais velho de 6 anos, Samuel é
o que mais gripa neste período de chuvas. “O Samuel sempre foi mais frágil
nesse sentido, ele tem asma, qualquer mudança de temperatura ele entra em
crise. Já teve até pneumonia. Eu me preocupo muito, levo sempre ao
pediatra”, conta a mãe.

A clínica geral, da Rede Hapvida Saúde, Aparecida Quintanilha explica quais
as doenças mais comuns nesse período de chuva.

“As doenças virais como gripe, resfriados e as alérgicas como asma,
bronquite e rinossinusite são mais frequentes neste período de chuvas por
que o ar mais frio acaba irritando as vias áreas e a maior circulação de
vírus da gripe e resfriados acabam aumentando o índice de doenças
respiratórias. Que por sua vez aumenta também os sintomas alérgicos como
coriza e a falta de ar.  Além disso, as oscilações climáticas levam a
inversões térmicas quando o ar mais frio (que é mais pesado) desce a
superfície e acaba retendo poluentes”.

As doenças alérgicas como rinossinusite em geral apresentam sintomas de
tosse seca, espirros, coriza, conjuntivite alérgica, cefaleias frontais,
prurido nasal e em alguns casos como a asma a dificuldade respiratória. O
resfriado costuma ocorrer no inverno e em tempos de chuva e os sintomas
mais comuns são espirros, coriza ou nariz entupido, dor de garganta, dores
no corpo e mal estar. A gripe ocorre mais em períodos de frio e transição
de temperaturas e os sintomas mais comuns são a febre, a tosse (geralmente
seca), o cansaço, dor de cabeça, dores no corpo e mal estar. E costuma
durar entre 3 e 5 dias.

Segundo a médica, é necessário ficar alerta para diferenciar uma gripe ou
resfriado da covid-19. Como inicialmente os sintomas podem ser bem
parecidos é adequado a procura mais cedo de ajuda médica para avaliação via
laboratorial e por imagem para possível diagnóstico diferencial de tais
patologias.

“Segundo alguns estudos (Oxford – Reino Unido e Massachussets – Estados
Unidos) a disseminação da covid-19 parece ocorrer mais rapidamente no frio,
sendo os sintomas mais comuns a febre, a tosse seca podendo progredir para
uma dificuldade respiratória. Perda de olfato e paladar (sem esquecer que
em uma gripe a congestão nasal também pode levar a perda de olfato). A
perda de paladar, afetando principalmente o amargo e o doce( segundo um
estudo Europeu publicado na revista Rhinology) é mais característico para
Covid-19. Mas em caso de dúvidas, é melhor realizar o teste de PCR para
SARS-Cov Covid-19”, orienta Aparecida Quintanilha.

A médica ainda alerta que quando os sintomas respiratórios derem sinais de
piora como dispneia somados a queda de saturação de oxigênio, febres
recorrentes, dores intensas no corpo e aparecimento de sintomas
gastrointestinais como náuseas, vômito e diarreia associados, o paciente
deve procurar ajuda médica e suporte hospitalar

Nos casos leves de resfriado e gripes, a orientação é: repouso, boa
alimentação, medicamentos sintomáticos e no caso de infecção bacteriana
associada, o uso de antibióticos adequados, com receita médica.

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