O ManpowerGroup, líder mundial em soluções inovadoras de gestão e contratação de pessoas, anuncia os resultados de sua pesquisa trimestral sobre a Expectativa de Emprego no Brasil para o terceiro trimestre de 2016. No Brasil, o estudo ouviu 850 executivos líderes de recursos humanos.
A pesquisa mostra que as intenções de contratação para o terceiro trimestre do ano atingiu o patamar de -15% no Brasil, o mais fraco desde que o estudo começou a ser realizado no país, no quarto trimestre de 2009. Na comparação trimestral, esse índice recuou 4 pontos percentuais e na variação anual sofreu queda de 9 pontos. Em relação ao trimestre anterior, a pesquisa do ManpowerGroup aponta também uma queda de dois pontos percentuais no volume de empregadores que não pretendem mexer na folha de pessoal, saindo de 68% para 66%, e um leve aumento, de 16% para 22%, nas intenções de redução do quadro de colaboradores.
“Os dados da pesquisa continuam a refletir o cenário da crise sobre o mercado de trabalho e a cautela demonstrada pelos empregadores”, avalia Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup Brasil. “De acordo com o estudo, a confiança dos empregadores brasileiros continua decaindo à medida que eles procuram por um sinal de que os negócios irão se estabilizar.”
Comparação por setor
As expectativas para contratações no terceiro trimestre de 2016 deverão declinar em todos os oito setores da indústria e comércio brasileiros avaliados pelo estudo, com cinco setores apresentando os mais baixos índices desde o início da pesquisa. As piores perspectivas estão na área da Construção, com – 28% de intenções de contratação; seguida pelo setor de Serviços (-20%) e pelas áreas de Indústria e Transportes, ambas com -19%. O segmento de Serviços foi o que registrou as maiores quedas, tanto na variação trimestral quanto na anual, com recuos de 17 e 24 pontos percentuais, respectivamente.
As áreas menos pessimistas, segundo o estudo, são as de Finanças e Seguros, com índice de -6%, e os setores de Administração Pública e Educação, ambos com -7%.
Na variação trimestral, a estimativa de contratação para o próximo período caiu em seis das oito indústrias avaliadas. A queda mais acentuada se deu no setor de Serviços, com recuo de 17 pontos percentuais, seguido pelas áreas deEducação e Administração Pública, com queda de 10 pontos; a de Indústria, com declínio de 6, e os setores de Finanças e Construção, com recuo de 5 pontos cada um. Porém, em dois segmentos, o de Varejo e o grupoAgricultura, Pesca e Mineração, a pesquisa apontou melhoras nas perspectivas de admissões, com aumento de 6 e 2 pontos percentuais, respectivamente.
Já na variação anual, todas as oito indústrias apresentaram declínios. O maior deles, de 24 pontos percentuais, pôde ser observado novamente na área de Serviços. Os setores de Finanças e Seguros e de Transportes apresentaram quedas também significativas de 14 e 12 pontos, nessa ordem.
Comparação regional
Todas as cinco regiões do país apresentaram reduções nas perspectivas de contratação para o próximo trimestre, mostra o estudo. Regionalmente, as mais fracas intenções estão no Estado do Rio de Janeiro, que tem índice de -24%; em São Paulo, capital, com -16%; no Estado de São Paulo, com -15% e em Minas Gerais, com -11%. O Paraná é o estado menos pessimista, com -7%.
Em comparação com o trimestre anterior, a pesquisa revela quedas em quatro das cinco regiões do país. A mais expressiva está no Estado de São Paulo, com recuo de 7 pontos, enquanto que em Minas Gerais e no Rio esse declínio foi de 6 casas. Em São Paulo, capital, a queda foi de 3 pontos. Porém, para o Paraná o estudo registrou um leve aumento de 3 pontos. Na variação anual, a maior queda está no Rio de Janeiro, com declínio de 20 pontos percentuais; e de 6 em Minas e no Estado de São Paulo. Em relação ao terceiro trimestre de 2015, o Paraná se manteve estável em suas intenções de contratação.
Comparação por porte empresarial
As empresas que participaram do levantamento foram classificadas em quatro tamanhos. Micro – Menos de 10 funcionários; Pequena – De 10 a 49 funcionários; Média – 50 a 249 funcionários; Grande – Acima de 250 colaboradores.
A previsão do estudo revela que as expectativas de contratação são pessimistas em todas as categorias, mas principalmente entre as micro e médias companhias, que apresentam índice de -20%. A perspectiva de contratação das pequenas empresas, segundo o estudo, é de -16%, e o cenário menos pessimista é encontrado entre as grandes companhias, que apresentam – 7% de intenção para novas admissões.