A Polícia Civil foi às ruas na noite dessa terça-feira (23), mas não foi o suficiente para que os ônibus e a população voltassem à rotina diária, em São Luís. Cerca de 60 viaturas fizeram patrulhamento durante a noite de ontem, quando a possível ocorrência de novos ataques ameaçou a segurança dos trabalhadores rodoviários.
Nos últimos dias, o sentimento de insegurança se instalou entre moradores de toda a capital maranhense. Ainda na tarde dessa segunda, lojistas fecharam os estabelecimentos mais cedo e escolas tiveram que liberar seus alunos; além dos centros universitários, que precisaram suspender as aulas por causa do recolhimento dos ônibus nas garagens.
Os coletivos deixaram de circular às 18h de ontem e assim continuarão, durante os próximos dias, segundo Gilson Coimbra, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão (Stremma). Ele afirmou ainda que a decisão prevalecerá até que uma medida eficaz seja tomada pela cúpula da segurança pública estadual.
Rodoviários decidiram paralisar as atividades após uma tentativa de incêndio na noite dessa segunda (22). Um grupo formado por 20 homens tentou por fogo em um coletivo, no Terminal da Campina, em São José de Ribamar. Um policial de passagem efetuou disparos e dispersou o bando. Ainda de acordo com o presidente do Stremma, os criminosos tentaram por fogo em uma cobradora que cumpria jornada de trabalho na localidade.
Uma nova reunião entre rodoviários e membros da Secretária de Estado da Segurança Pública (SSP) acontecerá às 10h desta quarta, para que seja definido o rumo da paralisação cautelar, coordenada pelos trabalhadores do sistema de transporte público de São Luís.
