quinta-feira, 25 de abril de 2024

Primeira fase da vacinação contra o sarampo termina nesta sexta

(Foto: Honório Moreira)

Termina hoje (25) a primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo. Lançada no início de outubro, a campanha é promovida em parceria com secretarias de Saúde municipais e estaduais, e tem como objetivo recuperar o certificado de “país livre do sarampo”, ostentado pelo Brasil em 2016.

Nesta sexta-feira (25), das 8h às 17h, todos os postos de saúde em São Luís estarão disponíveis e a expectativa é que os pais ou responsáveis legais procurem os locais para imunizar os seus filhos. A meta estabelecida para esta etapa da campanha é proteger 12.835 pessoas, saldo referente ao mínimo mensal estimado que busca a vacina contra o sarampo fora do período de campanha.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o avanço do sarampo não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Surtos da doença na Venezuela, Europa e Ásia foram registrados em 2018, e outros países fora do continente latino também registram altos números da doença.

Casos no Maranhão
Um bebê de sete meses, morador do município de Caxias, distante 364km de São Luís, é o quarto caso confirmado de sarampo no Maranhão. O estado é um dos 16 que tem notificação ativa para o surto da doença que está atingido todo o país, com o maior foco no estado de São Paulo e da Bahia.

O novo caso maranhense surge após a determinação do Ministério da Saúde em priorizar a vacinação para o público que tem de seis meses a até onze meses de idade, que deve ser imunizado com a dose zero.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Maranhão, além deste caso, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) tem registro de casos de sarampo nos municípios de Vitorino Freire, Lago da Pedra e na capital, São Luís. Ainda segundo o órgão estadual,  as doses da vacina estão sendo distribuídas regularmente, conforme a população de cada município, e que este é o responsável pela imunização.

Sarampo
Causado por vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas.

Mesmo quando o paciente não morre, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas.

A prevenção ao sarampo, feita por meio da vacinação, é fundamental, já que não há tratamento para a doença. O tipo de vacina varia conforme a idade da pessoa e a situação epidemiológica da região onde vive, ou seja, é necessário levar em conta a incidência da doença no local. Quando há um surto, por exemplo, a dose aplicada pode ser do tipo dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola.

Existem ainda as variedades tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela, mais conhecida como catapora). As vacinas estão disponíveis em unidades públicas e privadas de vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece doses gratuitamente em mais de 36 mil salas de vacinação, localizadas em postos de saúde de todo o Brasil.

O governo brasileiro recomenda que pessoas na faixa de 12 meses a 29 anos de idade recebam duas doses da vacina. Para a população com idade entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose.

Recentemente, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença. Na semana passada, passaram a apresentar semelhante condição quatro países da Europa: o Reino Unido, a Grécia, República Tcheca e Albânia. De acordo com o ministério, no primeiro semestre deste ano, o Cazaquistão, a Geórgia, Rússia e Ucrânia concentraram 78% dos casos registrados na Europa.

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