segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Psicólogo posta teoria nas redes sociais do que realmente teria acontecido com Domingos Montagner

Nesta segunda (19), o Psicólogo Jordan Campos postou nas suas redes sociais uma teoria do que, segundo ele, teria acontecido com o ator Domingos Montagner antes de sua morte nessa quinta-feira (15). Os usuários das redes divulgaram a teoria do psicólogo.

Segundo ele, o ator teria tido uma crise de paralisia traumática em consequência de um choque emocional. que o teria impedido de se locomover. 

“Quando estamos frente a um conflito o nosso cérebro dá apenas duas opções ativas – ou você enfrenta ou foge do perigo. E para isto libera uma grande carga de adrenalina que migra dos intestinos e cabeça para os membros. A intenção é dar força e circulação aumentada para braços e pernas na escolha de enfrentar ou fugir. No caso do Domingos, enfrentar e fugir estavam convergidos na mesma opção. Enfrentar a correnteza e o redemoinho da região, e fugir deles dependiam da carga de adrenalina para fazer braços e pernas baterem, e eram ali, a mesma coisa. Porém, no relato da Camila, ela deixou claro que ele não conseguiu fazer nenhuma das duas coisas. Um redemoinho não impede de mexer os braços ou dar um grito, por exemplo. Ela ainda gesticula na entrevista, com os braços simulando um nado, como se em seus profundos pavores ela não tenha entendido por que ele não reagiu desta forma”, explicou no post. 

Na sua postagem, Jordan ainda acrescenta que essa crise é comum de acontecer em casos de afogamentos “passivos”, ou seja, quando a vítima não reage ao afogamento, geralmente já sob efeito da crise de paralisia traumática. 

O psicólogo finaliza a sua postagem explicando como uma pessoa reage a uma paralisia traumática. “Quando enfrentamos ou fugimos, nosso cérebro mantém as funções racionais e inteligentes ativas, para que possamos com estratégia sair do problema. Quando, no entanto acontece a paralisia (o que costumamos chamar nos animais de fingir de morto), a função racional do cérebro praticamente é desligada. O cérebro acredita que poupar energia física e mental (já que não se sabe o que fazer) é o melhor plano. [..] Então paralisa as forças para poupar energia no intuito de dar um bote e conseguir fugir. O que muitas vezes dá certo. No caso do Domingos, o sistema dele, por alguma causa que falaremos a seguir, travou – e ele ficou em função racional baixa e sem condições de usar a carga de adrenalina. Como se fosse uma criança indefesa. Isso até a Camila gritar socorro, que foi quando ele afundou pela primeira vez. O grito da Camila, sem querer, acionou uma outra função que é a da desistência pelo pavor. Ele então, que já estava na paralisia, ao escutar o grito (segundo este raciocínio biológico-comportamental) diminui mais ainda o tônus muscular (fica com as pernas bambas) e afundou. Era uma esperança até de ele “acordar” da paralisia e reagir com o grito. Mas as condições físicas e naturais do rio já deviam estar insuportáveis e ele se foi, de forma terrível.” 

Será que foi isso que aconteceu?

 

 

 

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