terça-feira, 23 de abril de 2024

Queda na energia elétrica derruba prévia da inflação de maio

O IBGE divulgou a prévia da inflação (IPCA-15), que desacelerou para 0,59% em maio. No ano, o IPCA-15 registra alta de 4,93%. Já no acumulado dos últimos 12 meses é de 12,20%, acima dos 12,03% registrados em abril. Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento nos preços, com a exceção do grupo de habitação (-3,85%), onde foi influenciado pela queda de 14,09% na energia elétrica.

A maior alta no resultado veio de Saúde e cuidados pessoais (2,19%). O item de maior influência no grupo e no IPCA-15 de maio foi produtos farmacêuticos, com aumento de 5,24% nos preços, registrado após o reajuste de até 10,89% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Também pressionaram o resultado do grupo os itens de higiene pessoal, que apresentaram alta de 3,03%, o segundo maior.

Já o maior impacto positivo no resultado do IPCA-15 no mês de maio foi do grupo dos Transportes, que registrou alta de 1,80%. O resultado apresenta desaceleração em relação a abril (3,43%). A maior contribuição para o grupo veio do item passagens aéreas (18,40%), cujos preços subiram pelo segundo mês consecutivo (em abril, a alta foi de 9,43%).

Os combustíveis (2,05%) também seguem em alta, embora a variação tenha sido inferior à registrada no mês anterior (7,54%). Chamam a atenção aumentos da gasolina (1,24%) e do etanol (7,79%).

Outro grupo que desacelerou foi Alimentação e bebidas: 1,52% em maio frente aos 2,25% de abril. A maior influência foi dos alimentos para consumo no domicílio (1,71%). As demais altas dos grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,86% de Vestuário.

A única queda de preços entre os grupos foi em Habitação (-3,85%), puxada pela energia elétrica (-14,09%). Cabe lembrar que, a partir de 16 de abril, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, após seis meses de bandeira “Escassez Hídrica”, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 KWh consumidos. Quanto às regiões, todas as áreas pesquisadas no IPCA-15 de maio apresentaram alta.

Wagner Matos – economista

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