O candidato ao Senado Federal, Saulo Pinto (PSOL), foi o último entrevistado desta segunda-feira (24) da Sabatina Guará. É graduado em Economia. Especialista em Sociologia, mestre em História Social e doutorando em Políticas Públicas. Entre 2008 e 2014 foi professor do Instituto Federal do Maranhão e de 2014 até hoje exerce a função de professor do Departamento de Economia da UFMA.
Saulo Pinto disse que quer ser senador para representar o povo. Para ele, desde 2014, o país está passando por uma situação muito complexa. “A não aceitação da eleição democrática de Dilma, gerou uma situação de polarização muito grande no país, que não beneficia o povo”, declarou.
Saulo disse que é preciso combater essa ideia de extremos no país. No Maranhão, o candidato citou o exemplo da disputa entre a família Sarney e o grupo liderado por Flávio Dino. Segundo ele, a oligarquia Sarney quer voltar ao poder, e o grupo de Flávio Dino quer se manter no poder, criando assim, micro oligarquias para poderes futuros.
Ódio à esquerda no Brasil
O candidato voltou a comentar sobre a polarização política do país, que para ele é resultado de uma visão deturpada, criada em função da crise e reforçada principalmente pelo meios de comunicação.
Saulo falou que o país vive, o que chama de uma extrema polarização, em que existe um deslocamento do centro para as extremidades. Que antes no governo de Lula por exemplo, era administrado teoricamente bem. “Lula que é de esquerda, governou também para a direita. Depois que o tema corrupção veio a tona e passou a ser associado ao PT, criou essa situação de ódio.
O PT não é o único culpado pela corrupção
O candidato disse que existiu uma reafirmação de que a culpa pela crise, do que tudo que deu errado foi culpa do PT. Segundo ele, partidos de direita como o MDB, o PSDB são tão ou mais corruptos do que o PT. Além de outros partidos.
Ele afirmou que a crise ajudou nesse processo, porque os pobres como a parte mais fraca do sistema, sentiram mais a crise. E que novamente os meios de comunicação associaram a crise à corrupção.
Lula governou para os dois lados
Segundo Saulo, o governo de Lula colocou cerca de 40 milhões de pessoas na classe média. E que os programas sociais ajudaram nessa ascensão. Na contramão, enriqueceu mais ainda os ricos. “Bancos como o Itaú e Bradesco disputavam quem tinha o maior lucro líquido, nunca neste país lucraram tanto como no governo Lula”, ressaltou.
Apesar das diferenças, o candidato disse que tem respeito pelo Lula, pelo político que ele é, que mesmo com todos os erros, trouxe melhorias para os mais pobres. E classificou a prisão dele como uma prisão política.
Roseana Sarney e Lobão são oportunistas
O candidato avaliou a briga pela associação à imagem de Lula no Maranhão, reflexo da importância que ele tem na política. Saulo citou o exemplo de Renan Calheiros que caminhou com Haddad em Alagoas. E falou que Roseana Sarney e Edison Lobão que são do MDB assim como Renan, fazem parte do grupo de oportunistas, quem votaram a favor da cassação de Dilma.
Ainda falando sobre o grupo da família Sarney, Saulo rebateu o discurso dos concorrentes ao Senado do grupo, que reforçam a ideia de que representam a novidade para o estado. “Sarney Filho e está há anos, Edison Lobão tem mais de 30 anos de Senado, eles não representam novidade nenhuma”, ressaltou. Saulo ainda criticou a ideia defendida pelo candidato Alexandre Almeida de diminuir as cadeiras do Senado. Segundo ele, isso é conversa para enganar a população.
“Quem está pagando pesquisa, escolhe o resultado”
Sobre a disputa política para o Senado, Saulo disse que é no minimo estranho as pesquisas mostrarem que em um dia Eliziane Gama está com 27%, e no outro Edison Lobão está com 27%. Para ele isso deixa claro que existe uma manipulação por parte de quem paga as pesquisas de intenção de voto.