quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Brasil: Registrado mais de 3,5 mil casos suspeitos de microcefalia associado ao Zika

Novo balanço divulgado ontem (12) pelo Ministério da Saúde aponta 3.530 suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos. As ocorrências variam entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. No boletim apresenta também a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência do vírus Zika.

O ministério investiga ainda a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste, se há alguma relação com o Zika. As notificações da malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 unidades da federação.

O estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), do Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), de Sergipe (155), Alagoas (149), do Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.

No dia 28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

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